Somos “filhos do tempo”, atravessamos o ciclo vital usufruindo desse valioso tesouro.
O tempo nos dá a vida, mas o passar das horas também faz findar a existência.
O que temos de mais precioso é o nosso tempo, pois uma vez vivido ou desperdiçado, não há como voltar atrás.
Pessoas “sanguessugas”, ou “vampiros emocionais”, são aquelas que drenam a nossa energia vital e se alimentam da nossa boa vontade.
Elas precisam de atenção, ou pelo menos acham que precisam, ou acreditam que merecem mais do que os outros, e buscam essa atenção das mais variadas formas, muitas vezes, nos fazem sentir culpados, quando não “conseguimos” atingir as altas expectativas que elas colocam em cima de nós.
São pessoas que “pedem favores” continuamente, que só nos procuram quando precisam de algo, a todo momento estão pedindo alguma coisa, e quase sempre esses pedidos são muito invasivos.
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Elas acreditam que todo mundo tem o dever de ajudá-las, e geralmente não conseguem fazer nada sozinhas, ou melhor, até conseguem, mas preferem passar a responsabilidade para os outros.
Sabe uma pessoa “cara de pau”? Bem, elas são desse tipo. Pedem dinheiro emprestado, pedem para passar uns dias hospedadas em sua casa de praia, dão palpite e opiniões sobre a sua vida, sem serem solicitadas…, e quando você se dá conta, já está numa relação abusiva.
As relações tóxicas se instalam de maneiras muito sutis. A convivência com pessoas que se queixam da vida, que se vitimizam e estão sempre pedindo favores é muito desgastante. Elas não aceitam um “não” como resposta, e quando temos que dizer que não podemos ajudá-las, elas se voltam contra nós.
Conhece alguém assim?
É necessário ligar o alerta para perceber quem se vitimiza pois, na maioria das vezes, nesses casos de “sanguessugas”, a vítima é você, e quem se faz de vítima é o grande vilão da história.
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Pessoas que não têm competência para se apropriar da própria existência se apoiam em outros para terceirizar suas necessidades.
É necessário caminhar pela grande jornada da vida atravessando etapas, fechando ciclos e abrindo outros com a experiência do aprendizado.
A memória nos enriquece a cognição, e lembrar das adversidades e contingências que a vida apresenta nos ajuda a construir mapas mentais de enfrentamento.
É muito importante desenvolvermos a autorresponsabilidade para ocupar o nosso lugar de forma consciente e intencional, sem cair em armadilhas de pessoas tóxicas ou abusivas, muito menos nos transformar em personalidades que carregam esse adoecimento.
O autoconhecimento nos permite a observação do nosso comportamento e dos que nos cercam, proporciona uma visão ecológica das relações.
É importante entrar devagar na construção de novas parcerias de vida, mas retirar-se com rapidez, quando perceber que essa relação não contempla a reciprocidade.
Para que a troca seja positiva e produtiva, existe sempre a necessidade de se colocar no lugar do outro e se perguntar: eu estou oferecendo na mesma proporção que o outro me dá? Ou ele está me oferecendo o mesmo amor e dedicação que eu ofereço a ele?
Ame e sinta-se amado, reconheça e sinta-se reconhecido, respeite e sinta-se respeitado. A individualidade pode ser compartilhada, mas a individuação tem que ser preservada.
Aprender a dizer “não” é um requisito para a nossa felicidade.
Somos indivíduos paradoxais, isto é, somos únicos, somos um ser inteiro e indivisível, mas ao mesmo tempo precisamos nos relacionar com nossos semelhantes.
Sejam elas relações sociais, profissionais, românticas, enfim, em qualquer esfera da corrente humana, com elos fortes, que nos permitam sentir importância, engajamento e sentimento de pertencimento, é fundamental cultivar bons relacionamentos para nutrir a nossa vida.
Se percebermos que a relação que vivemos é unilateral e deletéria, que sejamos rápidos em nos retirar dela.
Freud inteligentemente perguntava aos seus pacientes: “Qual a sua responsabilidade na desordem da qual você se queixa?”
Precisamos identificar a nossa responsabilidade em insistir em dizer “sim”, quando queremos dizer “não”, em insistir numa relação de trabalho, de amizade ou de casal, quando claramente não nos proporciona nenhuma felicidade.
Para modificar padrões comportamentais nocivos à nossa saúde mental, e que trarão também adoecimento, com sintomas físicos, é preciso nos responsabilizar por tudo e parar de aceitar pessoas invasivas, ou “pedintes profissionais”, em sua vida.
Aprenda a dizer: “Agora eu não posso!”, “eu não quero, obrigada!”, “me desculpe, sei que você consegue resolver isso sozinha, e eu estou muito ocupado.”
Utilize a sua percepção para detectar relações em que você serve de usina de energia para outros se alimentarem. Cuidado, em algum momento faltará energia em você!
O seu tempo é muito valioso para que você o entregue de mão beijada para pessoas folgadas, invasivas, espaçosas e abusivas. De agora em diante, diga “não” a esses sanguessugas.
Nunca mais ofereça o seu tempo a eles!