Como o futuro é o terreno do desconhecido, o que nos resta é aprender a viver no presente.
O que vai acontecer amanhã?
Você consegue responder a essa pergunta? – Eu não consigo.
Com certeza absoluta? – De jeito nenhum.
Por mais que a gente se planeje e conheça bem a rotina em que vivemos, surpresas aparecem o tempo todo.
Apenas quem é onipotente (que tem poder ilimitado), onipresente (está em toda parte) e onisciente (tem todo o conhecimento do mundo) poderia responder o que vai acontecer amanhã, na semana seguinte ou no ano que vem. E essa pessoa, você já sabe: só Deus mesmo.
Fazemos a nossa parte plantando no hoje e esperando colher amanhã. Estamos vivos e todo dia podemos fazer algo. No agora. Tendo esperança de que vamos conseguir o que desejamos e fazendo por onde. Assim aumentamos a possibilidade de que nosso desejo realmente se realize. As chances são grandes, sim! Se a gente se dedicar, empenhar-se e buscar os recursos necessários, tiver paciência e perseverança, não desistir diante do primeiro não, da primeira dificuldade.
O grande desafio é saber que, apesar de tudo isso, muita coisa pode sair diferente do que planejamos. Por isso o desconhecido é o grande construtor do futuro. Um construtor que assusta e dá medo, porque em cima dele não temos controle algum. Ter controle é uma grande ilusão da qual precisamos abrir mão.
Como o futuro é o terreno do desconhecido, o que nos resta é aprender a viver no presente. Falar é fácil, agora, colocar em prática é outra conversa.
A tal da ansiedade sempre tenta entrar no meio. Vive nos espiando. Procura nos derrubar sempre que pode.
Isso, porque a acolhemos. Fazendo dela uma convidada bem-vinda. Que estrago! Está na hora de abrir luta contra esse monstro terrível. Mandar embora. Vigiar nossos pensamentos e não deixar espaço em nossa casa (nossa mente e nosso coração) para ela.
Apesar do desconhecido estar em cada curva do caminho, é a nossa vida. Escolher o que fazer com o que chega é decisão nossa. Vamos chorar, muitas vezes. Também vamos sorrir e nos alegrar muitas e muitas vezes.
Deixar o desconhecido nos ajudar a construir o futuro é entender que não somos mesmos onipotentes, oniscientes e nem onipresentes. Isso é parar de carregar um peso desnecessário.
Não se preocupe em buscar respostas para tudo. Deixe acontecer. “Bora ser mais leves!”
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