Uma mulher incrível nasce das cinzas, se refaz em meio às trevas e aprende com a vida…
Uma mulher incrível nasce das cinzas, se refaz em meio às trevas e aprende com a vida, com os tombos, com os cortes no peito e na alma, que o amor é fonte renovável à base de esperanças.
Pode ser que antes dela perceber o quão incrível é, tente se reproduzir em algum falso espelho, que em algum momento inevitavelmente vai se quebrar, porque nada que é de mentira pode resistir ao excesso de verdade consigo mesma.
Com seus 20 anos ela sentia profundo anseio em se deixar levar pelo vento, pela ausência de freios e pelo transbordamento de todas as emoções muito loucas e confusas. Com 30 anos suas referências de beleza não são norteadas mais por aquilo que pode ser enxergado a olho nu, ela quer mais, quer se jogar de despenhadeiros na esperança de que o melhor em si possa se salvar. Ela não quer mais pensar no tempo, no que vem com o ‘almejado’ futuro. A mulher incrível é o acidente de percurso no planeta.
Foto: Lauren Helen Graham como Lorelai Gilmore
Mulheres incríveis não apenas sorriem, elas liberam sua alma, sua alegria ou ardente e macabra ironia. Sabem encontrar os passos para qualquer trilha sonora que a vida desvairadamente quiser tocar. Mulheres incríveis estão por toda parte, mas talvez seja preciso adentrar um pouco em Marte para encontrá-las, ou talvez em algum outro planeta alternativo que possa permitir o contato com essa loucura, com essa neura absurda em querer ser gente, em querer ser em totalidade aquilo que está predestinado em sua essência que quer se manifestar.
Mulheres incríveis gritam, cambaleiam sem medo, não clamam por compreensão, pelo contrário, lutam veementemente para nunca serem compreendidas na esperança de uma surpresa quase cardíaca.
As mulheres incríveis não se importam mais há muito tempo com o que os outros pensam, com o que supõem, com o que podem vir a pensar, porque a sina de ser é deliciosa e supera absolutamente todos os pesares.
Mulheres incríveis sofrem semeando, aprendem que lágrimas também curam e que cortes por mais profundos, sempre em algum momento, sem que sequer se perceba, cicatrizarão.
Sabem até que ponto podem seguir e quando vale a pena cruzar oceanos. Erram claro, absurdamente mais, porque se liberam em totalidade, mas o que lhes resta depois dos tombos é rir, dançar e valorizar o motivo pelo qual etílicos existem.
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Não é mesmo importante quantos anos uma mulher incrível tem ou qual a cor do cabelo e olhos, o que realmente destaca uma mulher entre centenas é a sua capacidade de não se deixar moldar e de ser aquilo que realmente é, com alguma doçura e todas as cicatrizes em sua alma.
Depois de um tempo de existência no mundo, fica claro o que realmente vale a dor, vale as lágrimas e vale o sangue. É visível que a felicidade é um estado constante que paira sobre momentos de caos e de tristeza. Mulheres incríveis têm uma incerteza sobre si e talvez nem saibam o quão incríveis são, mas por onde elas passam, fica um rastro, um doce desastre, uma breve perdição e um imperceptível pesar.
Foto de capa: Meryl Streep no filme Simplesmente Complicado (It’s Complicated)