O tempo urge e reinventar é preciso. A maturidade chega quando percebemos que não há tempo a perder e é preciso ser mais do que ter.
Tudo é relativo. O que tem valor para um pode ser sem valor para o outro.
Demanda tempo para se conhecer alguém a fundo e principalmente para nos conhecer. Sempre existirão os dois lados da moeda.
Desde a mais tenra idade aprendemos a sonhar. Quem nunca na vida se deparou com alguém inspirador? Com seu exemplo de vida, seja pela profissão desempenhada, em que vem embutida a missão de ajudar o próximo, trazendo alívio à sua dor, como o médico da família, ou alguém moderno, à frente do seu tempo, que atrai o olhar de admiração pelo seu desprendimento dos modelos tradicionais.
A mulher que conquistou um lugar de destaque profissionalmente, numa época em que todas as outras casam para cuidar do marido e dos filhos; com alguém humilde, que conseguiu se formar, apesar de todas as dificuldades e se tornou bem-sucedido por mérito e esforço próprios.
Alguém sempre elegante, que sabe se posicionar, bem como argumentar sobre todo e qualquer assunto da atualidade. São estereótipos capazes de nos chamar atenção a ponto de nos espelharmos para sermos iguais e parecidos.
Funcionam como um exemplo a ser seguido e que não deixa de ter a sua devida importância por nos fazer crescer a ponto de formar nossos ideais sólidos, como ter uma profissão digna, ser alguém do bem, que faça a diferença com sua seriedade, honestidade, solidariedade e empoderamento.
De ser confiante, seguro, dono de si, com capacidade de enfrentar e vencer toda e qualquer barreira.
Essências que nos fazem sonhar, bem como nos motivam a correr atrás, tirando-nos do comodismo da normalidade.
Nos fazem bem e nos sentimos realizados a cada conquista.
É gratificante olharmos no espelho e nos vermos exatamente iguais ao que sempre almejamos.
Não existe preço para se sentir pleno. Sacia a nossa fome e não temos do que nos arrepender.
Bem diferente do querer construído pelo marketing das mídias digitais e dos meios de comunicação, que tem como objetivo final o consumo de bens e produtos.
Vê-se uma figura de encher os olhos, passando uma imagem de poder e beleza. São tantos os aplicativos de melhoramento, tanta luz envolvida que acaba ficando bem diferente do que realmente é.
Tudo pronto para vender a falsa imagem.
Quem nunca se decepcionou com uma peça de roupa deslumbrante em foto e que, ao vivo, as cores se mostravam bem diferentes?
Ou com uma pessoa simpática nas mídias, mas que se mostra chata na vida real?
Ou com uma pessoa altiva e empoderada nas mídias e totalmente apagada ao vivo e em cores?
Com a maquiagem que faz milagres e que é exatamente igual às outras.
Com o carro dos sonhos e que, ao consegui-lo, a sensação de superpoder se quebra ao perceber que temos a mesma sensação do anterior, mantendo a mesma finalidade de levar aonde se quer.
A roupa bonita e nova, usada poucas vezes para não estragar, que acaba perdendo a graça por ficar obsoleta em virtude das novas tendências da moda que vão surgindo.
Estamos vivendo realmente na era das superficialidades, que não sacia e que não tem valor algum, a não ser o de consumo.
Descobrimos isso ao perceber que, ao comprar roupas novas, ao fazer as unhas no salão ou dando um jeito no cabelo, na intenção de ficarmos mais bonitas para o ser amado, e que não vemos nada de diferente em sua reação, muito menos um brilho diferente no seu olhar, pois eles não gostam da parte externa, e sim do que aflora de dentro.
Pode ter certeza de que, quando você estiver sorrindo mais, ele reparará em você.
Quando você estiver se sentindo plena, ele dirá: “Tem algo diferente em você. Seu semblante está mais bonito”.
Quando você o surpreende com algo de que ele gosta, como servir-lhe um café depois do almoço. Levá-lo a um lugar sem muita frescura. Atitudes de cuidado, atenção e carinho valem mais que a preocupação com a beleza, que por si só não se sustenta.
Cheguei à conclusão de que somos influenciados a todo o tempo, seja pelos influenciadores digitais ou pelo que a vida nos apresenta.
Temos a necessidade de experimentar tudo e, com o tempo, sofremos os efeitos e as consequências de cada escolha que fazemos.
Daí paramos de arriscar, pois já não temos mais tempo a perder com experiências frustradas e o que queremos mesmo é viver intensamente com o que realmente importa.
Podemos até ter o carro do ano, a casa dos sonhos, os talheres finos, o cabelo maravilhoso, a pele bem cuidada, roupas lindas, mas isso tudo, sem o brilho no olhar, sem o sorriso nos lábios, sem o entusiasmo e a paz na alma em nada acrescenta.
Ser chic para mim é ser independente, ser segura, desprendida de preconceitos, é se amar, é se cuidar. É poder se agradar sempre que puder, pois sei que nada será capaz de agradar ao outro, por mais chic que seja.
Seja chic! Uma pessoa chic é uma pessoa sem frescuras, autêntica e verdadeira, e verá que a beleza da simplicidade é muito mais elegante.