Médicos da Itália compartilham em suas redes sociais as marcas que ficam em seus rostos ao final de muitas horas usando máscara de proteção nos hospitais.
Os profissionais da saúde, sejam eles médicos, enfermeiros ou técnicos, devem ser exaltados e parabenizados em qualquer ocasião. Estas são, sem sombra de dúvida, algumas das profissões mais dignas e necessárias em nossa sociedade.
Afinal, em alguns momentos da nossa vida, precisamos nos consultar com um médico, fazer exames, ficar internados para tratamento. Então o que seria de nós nessas situações, se não fossem esses profissionais?
É corajosa a atitude daqueles jovens que, ao se questionar sobre qual profissão seguir, optam pelo ofício diário de cuidar do próximo. Eles enfrentam anos de estudo, especializações, dedicam-se dia e noite a pesquisas e, depois de formados, dão-se conta de que os desafios apenas começaram.
Lidar com todos os tipos de pessoas nem sempre é fácil, ainda mais quando elas estão desesperadas em busca de atendimento médico, de uma explicação para a dor que atinge o seu corpo e o seu organismo.
São esses profissionais que têm de definir o melhor tratamento, mesmo durante plantões que parecem intermináveis, hospitais que nem sempre oferecem a melhor estrutura etc.
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E tudo isso sem se envolver muito com as angústias de cada paciente, para que não comprometa seu trabalho. O questionamento que fica é: se em dias normais já é exaustivo ser um profissional da saúde, imagine-se em meio a uma pandemia que sobrecarregou unidades de saúde, especialmente hospitais do mundo todo?
A resposta está nas imagens compartilhadas por dezenas de médicos da Itália, em que mostram como ficaram seus rostos depois de muitas horas usando as máscaras faciais, a principal arma de prevenção contra a doença.
O doutor Nicola Sgarbi, de 35 anos, é um deles. Depois de trabalhar por 13 horas no tratamento de pacientes infectados pelo novo coronavírus, na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Civil Baggiovara, em Modena (Itália), país mais afetado pela doença, ele postou uma foto em que mostra as marcas da máscara.
Os sinais são semelhantes ao de uma agressão e só de olhá-los já é possível imaginar a dor que sentem esses profissionais. Sgarbi foi um dos muitos que compartilharam em suas redes sociais o resultado de passar horas usando o equipamento de segurança.
Para a doutora Anna Yaffee, diretora da Seção de Saúde Global em Medicina de Emergência da Universidade de Emory, localizada em Atlanta (Estados Unidos), as imagens são um alerta sobre a importância do trabalho desses profissionais.
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Segundo ela, é preciso saber que existem pessoas trabalhando incansavelmente para salvar a vida dos afetados tanto pelo coronavírus quanto por outras doenças.
Ao canal CNN, Nicola Sgarbi contou que tirou a foto e encaminhou ao seu parceiro para lhe mostrar que havia terminado seu turno, exausto. Também disse que pretende guardar a imagem para um dia mostrar à filha ao lhe contar sobre este momento da História.
Apesar de toda repercussão dessa foto, Sgarbi disse que não quer que pensem que ele é um herói. Muito pelo contrário, ele só quis mostrar o quanto ama seu trabalho e que, mesmo diante da pandemia, agora, mais do que nunca, sente orgulho de seu ofício.
O médico também manda um recado que vale para todas as pessoas, independentemente da profissão que exerçam: o coronavírus só será superado se houver a colaboração de cada um de nós.
Devemos valorizar o trabalho de todos os profissionais que dedicam a própria vida para salvar outras. Não existe demonstração maior de compaixão e altruísmo.
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Os médicos são dignos de parabéns, não é mesmo?
Conte para nós o que você achou dessas imagens e compartilhe-as em suas redes sociais.
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