Foi como um longa-metragem. Assim aconteceu na época em que fui acometida por uma tempestade de coincidências. Sentia que algo além do meu entendimento, culminava o aparecimento desses eventos casuais. Foram cinco anos repletos de sincronicidade que me levou a seguir por um caminho que nunca havia imaginado o mundo da escrita.
Escrevi quatro livros nesse período e depois dessa onda sincronística, as coincidências sumiram como areia ao vento. Os pequenos milagres que antes compartilhavam minha rotina deixaram de existir.
Comecei então a anotar tudo o que achava ser preponderante para o desaparecimento das coincidências.
– O término dos meus 4 primeiros livros
– Relacionamentos
– Sonhos
– Música
– Meu estado de espírito
– Inspiração
Outro dia assistindo um filme sobre música, tive um insight. As coincidências surgem sem explicação porém desaparecem por várias razões.
Entendi que assim como num concerto musical, é necessário que a orquestra esteja completa, precisamos de “elementos mágicos” para manter a sincronicidade.
Um maestro que entenda tudo sobre regência precisa de músicos, instrumentistas para dar melodia aos seus acenos. Com as coincidências acontece o mesmo, para que possamos mantê-las em sincronia com nossos sentimentos é imprescindível termos ao nosso redor as peças chaves, engrenagens necessárias para conservar a presença das coincidências.
No meu caso percebi que a sincronicidade ainda existia nos sonhos, geralmente o que sonhava tornava-se real, então fiz um paralelo do que vivia no mundo onírico com minha vida desperta.
As pessoas que habitam constantemente meu cenário onírico não são as mesmas que mantenho contato diário na realidade desperta, com isso o desencadear de eventos sincronísticos tornou-se mais propício ao dormir.
Adotei a mesma atitude que tenho nos sonhos para que assim pudesse através dos sentimentos oníricos trazer a sincronicidade para vida desperta.
Tenho consciência das pessoas e elementos que faltam em minha vida assim como um maestro que sabe o que é necessário em sua orquestra, porém só poderei reger se os “músicos” estiverem em harmonia com meus sentimentos.
Quem sabe você não seja um dos instrumentistas que faltam em meu concerto?