Partindo do princípio que nossa mente e corpo são apenas uma partícula importante de um todo muito maior que somos, somos capazes em momentos de silêncio encontrar esta profunda conexão do todo dentro de nós, e de nós dentro de um todo imensurável.
Enquanto muitos com conhecimentos espirituais ficam preocupados em curar seus carmas e chafurdarem vidas passadas, o que ao meu ver não se faz necessário, afinal, o carma de lá, cá está também, então trate de se jogar nessa vida, de se observar e transformar aqui e agora. Muitos outros que conheço, ainda seguem a ignorância do ego, e pensam que a vida é só essa, que temos que fazer tudo o que podemos para aproveitar ao máximo. O material, as relações, títulos e dinheiro os definem.
Nem tanto o céu, nem tanto a terra minha gente. A vida é um eterno agora. Agora, neste instante, tudo o que precisamos temos em nossas mãos: experiências, aprendizados, oportunidades de crescimentos e evolução de consciência. Tudo o que está existindo ao nosso redor está a nos ensinar e foi manifestado por nós mesmos. E vale lembrar que somos eternos porque a nossa consciência é eterna. Ela é o nosso centro. Ela evolui. Ela é a nossa sanidade, amor e luz.
Quando vivemos a vida somente com foco no corre-corre da vida material, podemos facilmente nos desconectar da nossa consciência. Para ela entrar em ação é necessário águas calmas. Ela começa a se revelar para nós através de insights e sincronicidades. O mundo interior é refletido no exterior e com consciência, não o contrário. Meditação, contato com natureza, lugares abertos, programas solitários nos alinham com esta conexão. A separatividade é ilusória porque estamos mesmo conectados, portanto, a solitude é a melhor professora a nos mostrar quem somos.
O tempo passa, o corpo muda, aprendizados são adquiridos para sempre, e uma vez que você transformou verdadeiramente algo, não será mais necessário reviver situações para tal lição. Ou seja, mesmo quem não acredita em nada, está dentro desta roda e vive este processo de forma adormecida e mais lentamente. Para quem possui conhecimentos intelectuais, pode até justificar, esclarecer e compreender alguns aspectos, mas como os outros, também só se transforma pelas experiências práticas da vida.
Agora, para mim o grande pulo do gato é a fé. Quando acreditamos que somos capazes de superar padrões, de nos transformar de verdade, aspectos inconscientes da nossa consciência parecem dar um empurrãozinho. A cada dia, a cada situação, a cada pensamento encontrar a conexão com a consciência é o nosso desafio e que a fé pode nos ajudar. A fé não é desejo, a fé é vontade. Os desejos são coisas para serem preenchidas, enquanto a vontade é força.