Davy usa um “sistema infantil de favoritismo” para que as filhas aprendam a valorizar o esforço e o trabalho, desejando se tornar a filha favorita.
Os pais não gostam de falar sobre favoritismo entre os filhos, esse é um assunto que sempre causa desconforto. Embora os filhos costumem apontar com frequência que existe, sim, um favorito entre os irmãos, o assunto ainda é considerado tabu.
Davy, pai de três meninas, usou isso a seu favor, como parte de sua educação. Ele chama de “sistema infantil de favoritismo”, e afirma que a técnica incentiva suas filhas a se esforçarem cada vez mais e a valorizarem o trabalho duro.
Em reportagem ao The Sun, Davy falou sobre sua abordagem parental e explica que a “filha favorita” muda conforme merece. Ele revela que há dez anos tem usado essa tática com Angelique, Trinity e Siobhan, e tem funcionado.
De acordo com o pai, ele ensina às meninas que nem sempre podem fazer as coisas da forma como desejam, por isso precisam se esforçar para ficar em “primeiro lugar” todos os meses.
Ao contrário do que muitos pensam, ele afirma que a estratégia serve para deixar as outras tristes, mas para aprender a desenvolver resiliência, a trabalhar de maneira mais inteligente e a assumir riscos calculados, para que alcancem a melhor versão de si mesmas.
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Ele compara sua forma de educar com o programa Funcionário do Mês, e sua escolha se baseia no nível de esforço das meninas dentro e fora de casa. Com isso, elas aprendem a desenvolver habilidades culinárias, comunicação, empreendedorismo e finanças básicas, coisas que as preparam para o mundo adulto que terão de enfrentar.
Quando uma das meninas se destaca em uma dessas áreas, é eleita a filha favorita, e pode ficar nessa posição por até dois meses. Esse título não é apenas simbólico, já que a favorita também recebe algumas regalias durante seu período em primeiro lugar: pode passar mais tempo nas redes sociais e com os amigos, receber suas comidas favoritas e fazer menos dever de casa.
Mesmo que, em alguns momentos, a escolha cause chateação nas outras irmãs, Davy conta que isso as impulsiona a se esforçar cada vez mais. Isso ainda demonstra que talvez elas estejam gastando muito tempo em outras atividades, que não as que deveriam.
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Além disso, ele acredita que sua maneira de educar faz com que cuide dos interesses de suas filhas.
Davy aprendeu essa estratégia quando se mudou do Vietnã para a Austrália, sozinho, como refugiado. Desde cedo, ele precisou lutar pelos próprios interesses, já que não tinha nenhum tipo de proteção ou privilégio. Essa constante luta para se encaixar em um país diferente e a batalha para cuidar de sua família mostraram ao pai o que deve ser realmente valorizado.
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