Richard se tornou viúvo muito cedo e, assim como qualquer outra mãe em sua posição, precisou assumir todas as responsabilidades da filha, mas infelizmente não são todos que o aprovam.
Se exercer a parentalidade já é uma tarefa difícil para casais, imagine-se o trabalho que é com pais e mães que precisam assumir as rédeas sozinhos? Chamados de pais e mães solo, é uma realidade de milhares de casas, onde um só responsável fica com toda a carga de cuidado dos filhos, sem uma rede de apoio sólida e sem ajuda do outro genitor ou genitora.
No Brasil e no mundo, o mais comum de se observar são os casos em que apenas as mulheres ficam com a responsabilidade de criação dos filhos, sem que o genitor se envolva emocionalmente.
Em alguns casos, ele nem sequer paga a pensão das crianças, mesmo quando estabelecida em valor irrisório. Quando o oposto acontece, é mais fácil de o caso ganhar visibilidade, principalmente porque culturalmente poucos homens assumem a guarda de seus filhos sozinhos.
O trabalho é árduo e não envolve apenas os cuidados da casa, como muitos pensam. Quando se exerce a maternidade ou paternidade sozinho, existem inúmeras obrigações que precisam ser cumpridas, sem nenhum tipo de pagamento financeiro por isso.
São os afazeres domésticos, o cuidado infantil, a administração da residência, o acompanhamento escolar, o trabalho remunerado (exercido normalmente fora de casa), além de sempre ouvir críticas e palpites alheios.
Nascido no Texas (Estados Unidos), Richard Miley, de 28 anos, tornou-se viúvo muito cedo e ficou sozinho para tomar conta da filha Ashtyn, de apenas 5 anos. Assim como a maioria das pessoas que possuem guarda unilateral, ele precisa dar conta de todas as suas funções e manter seu trabalho remunerado, já que é a única fonte de renda da família.
A filha perdeu a mãe muito nova, e frequentemente precisa de atenção e companhia do pai, que tenta ajudá-la da forma como pode. Nem sempre Ashtyn deseja ir para a creche, já que a sensação de perda que sente ainda é grande, e leva um tempo até que possa compreender o luto materno.
Nesses momentos, Richard tenta ser compreensivo, e permite que a filha o acompanhe em sua jornada de trabalho, já que essa é sua função como pai.
Dono de um lava-jato, Richard ainda possui o privilégio de gerir o próprio negócio, o que significa que ele não precisa pedir permissão a ninguém para levar a própria filha ao trabalho. Uma vantagem, mas que não resolve todos os problemas.
Acontece que nem sempre os clientes são educados, e alguns se incomodam bastante com a presença de Ashtyn ali, como se tivesse que ser expulsa do local apenas por ser criança.
No lava-jato chamado All Seasons Powerwash, infelizmente ele e sua filha tiveram de presenciar o mau comportamento de uma senhora. Ela havia acabado de chegar em uma van e queria pagar uma lavagem, mas imediatamente perguntou se a criança ficaria ali o tempo todo.
Assim que Richard disse que sim, ela saiu irritada, dizendo que “um homem tem que trabalhar”, alegando que ele não podia levar a própria filha ao seu local de trabalho, porque supostamente isso é função da mãe.
De fato, Richard não tinha nenhuma opção a não ser levar a pequena ao trabalho. A situação toda causou muito desconforto, primeiro porque sua filha não havia feito nada que justificasse o comportamento daquela desconhecida, segundo porque não tinha com quem Ashtyn ficar, e terceiro porque um pai também tem obrigações com seus filhos, possuindo guarda unilateral ou não.
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Em um grupo do Facebook de sua comunidade, ele falou um pouco sobre o incidente, alegando que não tinha culpa de sua filha ter perdido a mãe, tampouco é sua culpa que ela tenha reagido dessa forma à perda da mãe, e acabe sendo exagerada e não concordando em ficar na creche de vez em quando, mas que tenta sempre fazer o melhor por sua família.
A publicação causou comoção local, pois muitas pessoas o acolheram. Algumas se ofereceram para servir de rede de apoio, outras disseram que ele é uma fonte de inspiração, enquanto outros afirmaram que ele não deve se preocupar com esse tipo de comportamento alheio. Por fim, Richard escreveu que caso alguém se interesse em ir até o seu lava-jato, que saiba que ali vai ter criança sim.
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