Os responsáveis ainda não teriam aprovado a inscrição de Miguelina, de 28 anos, no “Big Brother” da Argentina.
Criadas com o objetivo de compra e venda de conteúdo exclusivo, plataformas como o OnlyFans acabaram fazendo sucesso no ramo de produções de fotos e vídeos eróticos. A quantidade de histórias e notícias de quem passou a ganhar muito dinheiro dessa forma tem crescido de maneira exponencial, e não apenas entre as pessoas anônimas, mas também entre os famosos.
Na Argentina, o caso de uma professora da terceira série, que supostamente teve fotos íntimas vazadas nas redes, revoltou pais de alunos. De acordo com reportagem do Clarín, Miguelina Fredes Sarasola, de 28 anos, está de licença médica e estaria vendendo conteúdo erótico no OnlyFans e nas mídias sociais.
Em seu perfil do TikTok, Miguelina compartilhou um vídeo que teria enviado para o recrutamento do “Big Brother” da Argentina, o que desapontou os pais. No vídeo, ela conta que assiste ao programa desde que era muito pequena, e que aquela era sua oportunidade de ser exatamente quem era. Em relação à reação dos pais, a professora explica que a forma de se inserir nas redes sociais e nos diferentes espaços acaba não sendo condizente com a forma como os pais acreditam que os docentes devam ser.
Os pais teriam supostamente ficado chateados com o vídeo se submetendo ao reality show, mas justificam que isso ocorreu porque ela já estava faltando a um volume acima do normal de aulas. Logo depois de se deparar com o vídeo, os pais teriam descoberto que ela também vende conteúdo erótico nas redes sociais e em plataformas adultas, o que, de acordo com eles, seria ainda mais prejudicial.
Segundo o jornal argentino, a professora estaria apresentando atestados desde o início do ano letivo, e depois de uns dias de licença, teria voltado com um diagnóstico de “grave problemas nas cordas vocais”, ausentando-se novamente. O pai de um dos alunos, Lautaro Rios, explicou que desde que começou a faltar, outros professores passaram a preencher o quadro de aulas das crianças.
O responsável ainda afirma que ela veio de outra instituição, onde agiu de maneira similar, mas a atual escola não cruzou informações, permitindo que se encarregasse da turma. Miguelina conta que possui sim um histórico médico que apresenta como garantia de licença e que não pretende mais voltar a dar aulas para crianças. Segundo ela, graduou-se para ensinar adultos, e isso não está acontecendo no momento.
Além disso, Miguelina explica que como está de licença médica, pode agir da maneira como achar melhor, vendendo ou não conteúdo erótico em suas redes, já que não está lidando diretamente com nenhuma criança. “Se eu tirar fotos sensuais de mim mesma, como dizem, se postar nas redes sociais, se vender ou não, é problema meu. Não vou desistir da minha posição titular, vou mudar de profissão.”
Em relação às acusações, a professora explica que os pais “falam por ignorância” e que não faltou sem nenhuma justificativa. Não foi demitida da instituição justamente porque tem endosso e que seu quadro médico a obriga a se afastar da escola, ainda que não seja o que os pais desejam.
Miguelina ainda acredita que ensinar crianças seja algo complicado, então prefere lecionar para adultos, mesmo assim garante tirar apenas o melhor de cada criança que frequenta sua aula. “Minha patologia não se estabilizou e continuo com minhas instabilidades. Talvez agora esteja fazendo esse vídeo e daqui a pouco tenha um ataque de pânico e venha a ambulância, porque é literal”, explicou.