A edição mais polêmica da história do programa está trazendo consequências judiciais para alguns participantes. Entenda!
O “BBB21” está chamando a atenção do público, e o maior motivo disso são as grandes polêmicas que estão acontecendo na casa, que já levaram um dos participantes a abandonar o reality.
Para alguns participantes, as consequências dos comportamentos estão indo além do programa e afetando sua realidade no mundo “de fora”. Nego Di, Karol Conká, Projota e Lumena são alguns deles.
Segundo o portal Notícias da TV, do UOL, no último dia 11, a Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) abriu um inquérito para investigar uma denúncia de intolerância religiosa contra os quatro participantes.
O portal recebeu uma nota da Polícia Civil do Rio de Janeiro dizendo que enviou imagens do programa à emissora Globo, para apurar a denúncia de intolerância religiosa feita pelo deputado estadual fluminense Átila Nunes (MDB).
O motivo da denúncia é que os quatro participantes teriam “debochado” de uma entidade religiosa de matriz africana, além de dar declarações de cunho sexual sobre ela.
Em uma publicação em seu perfil no Instagram, o deputado disse que não lhe restava outra opção além de encaminhar uma denúncia ao Ministério Público por vilipêndio religioso, que é crime caracterizado no Código Penal.
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Ele ainda disse que “As referências extremamente ofensivas acompanhadas de chacotas dos quatro participantes (…) estimulam o preconceito e os ataques à umbanda e ao candomblé” e enfatizou que “dificilmente eles se refeririam dessa forma a Nossa Senhora ou à Bíblia”.
O episódio começou com Nego Di, que disse em uma conversa “Eu xangôzei”, um trocadilho com o orixá Xangô, das religiões umbanda e candomblé.
Em seguida, a rapper Karol Conká se manifestou de forma debochada, dizendo que o jeito que o colega falou “é muito engraçado”. Ainda imitou os trejeitos de Lumena, ao repetir sua fala: “Eu chamei Xangô, véi.”
Já a psicóloga Lumena, que afirma ser praticante do candomblé, aproveitou o momento para trazer à tona uma conversa com o ex-participante Lucas Penteado.
“Eu xangôzei. Eu estou pelo certo com meu orixá, você está pelo errado. Ele está te abandonando”, disse. Essa declaração foi vista, pelo deputado e pelo público do programa, como uma ironia à umbanda, religião praticada por Lucas.
Na mesma publicação, Átila diz que as cenas revoltam todos aqueles que respeitam a fé dos seus semelhantes, e afirma que o quarteto, todo negro, deveria “se preocupar com o racismo, inclusive o religioso”, mas “vilipendiaram a umbanda e o candomblé num programa de TV com repercussão nacional”.