Um morador de Bertioga, no litoral de São Paulo, teve uma surpresa ao capturar um peixe de aproximadamente 180 quilos e 1,70 metros de altura após uma “batalha” de mais de 50 minutos. O peixe, da espécie cherne (Epinephelus niveatus), foi encontrado na região de Ilhabela, no litoral norte de São Paulo, a cerca de 40 milhas da costa, depois de engolir outro animal recém-pescado.
Marcelo Lopes Rodrigues, de 33 anos, e um amigo começaram a navegar por volta das 14h de domingo (25). Após algum tempo, ele percebeu que um peixe estava preso no anzol e começou a puxar a linha. “Eu percebi que era algo muito pesado, porque não estava vindo fácil. O cherne abocanhou o peixe, que eu pesquei, e ficou preso também”, contou.
Segundo ele, foram necessários 50 minutos para retirar o cherne da água. “É um peixe muito brigador, que precisa de muita força. Eu e o meu amigo revezamos para conseguir colocar ele no barco, e não foi fácil”, disse.
Devido ao seu tamanho, o publicitário relatou que o animal saiu de uma profundidade de 100 metros e veio à superfície. A mudança de pressão do ar, segundo o pescador, fez com que ele chegasse morto à embarcação. O publicitário, que pesca há 15 anos, afirmou que nunca tinha capturado um peixe tão grande antes.
![Peixe gigante: Pescador de Bertioga (SP) fisga um cherne de 180 kg](https://osegredo.com.br/wp-content/uploads/2023/06/cherne00.jpg.webp)
“Nós tentamos reanimar ele, mas ele já estava sem vida. Estou muito feliz por ver ele tão perto, mas triste porque eu preferia que ele ficasse vivo no fundo do mar. O cherne fica camuflado nessas áreas com cascalho e pedras grandes, justamente como uma tática para se alimentar dos peixes pardos, que são menores”, disse.
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Após trazer o peixe para Bertioga, a dupla pesou e mediu o animal, constatando que ele tinha 180 quilos e 1,70 metros de altura. “Decidimos que vamos doar para moradores da cidade. Vamos limpar o peixe e, junto com os pescadores da cidade, distribuir para as famílias”, concluiu.
Conhecido como “gigante”, o cherne vive em águas subtropicais do Atlântico, incluindo as regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Sul do Brasil, embora sua presença seja mais rara. Também é encontrado no Pacífico. Segundo o Programa Nacional de Desenvolvimento da Pesca Amadora, possui um corpo grande, alto e comprimido, com coloração marrom avermelhada, às vezes mais clara no ventre.
Essa espécie pode atingir até dois metros de comprimento e pesar 380 kg. Os peixes jovens habitam águas rasas, como costões, estuários e recifes costeiros, e à medida que crescem, migram para águas mais profundas. É um peixe voraz que se alimenta principalmente de peixes e crustáceos. A pesca amadora é mais desafiadora, pois os grandes exemplares habitam águas profundas.
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