“A vida é curta demais para se lamentar, então curta a vida”.
Eu sempre me inspirei nessa frase para dar sentido às coisas que eu não entendia. Uma família desestruturada pelo egoísmo, um amor não correspondido pela carência, as críticas e cobranças excessivas pela busca da perfeição. Tudo isso se tornou vago demais. E se for para viver uma vida, que seja para aproveitar o que ela tem de melhor!
É para me fazer feliz naqueles dias que a inspiração bate, para me deixar sentir a saudade quando ela aperta, é para me apaixonar pelos instantes, para me derramar de intensidade dos momentos, para me permitir.
E se a vida é curta, eu curto tudo o que vier. Se errar, aprendo. Se acertar, comemoro. Jamais ficarei me lamentando por não ter tentado algo que quis muito.
Mas antes de entender que a vida é mais que uma mera”poesia”, precisei conhecer o que me impedia de ser livre, aquilo que me limitava a ser como as coisas que eu não compreendia. Julguei por algum tempo, sem saber que tudo o que eu desejava mudar no mundo, estava a um passo de mim e era mais alcançável do que eu imaginava, bastava apenas fechar os olhos e olhar pra dentro a fim de encontrar no avesso aquilo que eu incansavelmente procurei solucionar fora de mim.
Foi quando tomei conta de que nada seria diferente, se eu não buscasse agir diferente. Não bastava apenas não pensar como os outros, era preciso agir.
Quando nós não reagimos, a vida parece se acomodar junto, você se acostuma com aquilo e acha normal estar na zona de conforto. Não há confrontos nem conflitos ali a não ser aqueles em que você insiste em culpar os outros por acontecer.
Culpar os outros pela sua insatisfação é fácil, difícil é procurar a solução para isso, sair da caixa e observar-se de fora. Entender que tudo aquilo só é permitido porque você se deixou levar aquele ponto, não soube dar limites e nem reconhecer os seus.
Faltou com respeito com quem você existe de mais importante na vida, você mesma (o).
É a gente não nasce sabendo viver, mas aprende. As vezes rola até uma ajudinha, em outras precisamos passar pelas situações sozinha (o).
Mas tudo isso é passageiro e sem dúvidas é preciso também, só depois de mergulhar em si e ver que o avesso é mais real que aquilo que vemos ao olhar no espelho, encontramos um real sentido para viver.
Não se trata de perceber os outros nem de julgar o que seria melhor para eles e sim, de olhar para a sua vida e decidir qual é a direção que você vai tomar, o que vai deixar para trás, o que vai querer daqui para frente.
Trata-se de cuidar da única coisa que você pode controlar, as suas vontades, as suas atitudes e, principalmente, as suas escolhas.
Sabendo disso você pode escolher ter uma vida de acordo com aquilo que achar melhor, pode escolher viver uma vida linda e livre ou ser prisioneiro dos paradigmas limitantes.
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