A ideia da não-localidade muito falada pelo físico Dr. Amit Goswami, tem sido um dos meus temas preferidos neste início de ano.
Enquanto seres humanos, possuímos dois tipos de memória, a cerebral, e outra armazenada numa memória universal(não-local) que chamarei de balão coletivo.
Imagine que em cima de cada pessoa exista um balão, como aqueles que lemos nas estórias em quadrinhos, por onde os personagens se expressam.
Suponhamos que esse balão coletivo seja um repositório de ideias universais. Só que seu conteúdo não é nosso e sim do todo. Nele estão ideias, pensamentos, que ficam a disposição de quem estiver numa mesma sintonia mental.
Estou aqui escrevendo este artigo porque inconscientemente tive um insight para escrevê-lo. Isso quer dizer que além do meu conhecimento cerebral que muitas vezes é mascarado, pude contar com a inspiração da memória não-local.
Você que não conheço, nem nunca tive contato pode estar nesse exato momento escrevendo sobre o mesmo que eu. Isso se chama sincronicidade termo cunhado pelo psicólogo suíço Carl Gustav Jung. De alguma maneira somos levados a seguir um caminho onde eventos aleatórios nos direcionam a uma determinada ideia. Talvez a mesma sua!
Por isso, posso saber inconscientemente o que pensa e vice-versa. Quantas obras foram feitas parecidas, quantos filmes possuem uma mesma Idea, isso tudo porque os seres pensantes “co-habitam” uma mesma memória não-local.
Um imenso Zeppelin paira sobre nós e através dele estamos todos conectados pelo pensamento, ideia tudo o que define como criatividade.
Então pergunto nada do que criamos é inédito, pois a ideia já existe nesse balão? Talvez precisamos personificar nossas criações com os pensamentos residentes em nossa memória-local.