Ao saber do motivo do retorno, os passageiros não só apoiaram a decisão do piloto, como também o aplaudiram.
O piloto de uma aeronave que levantou voo no aeroporto de Governador Valadares, em Minas Gerais, teve uma daquelas atitudes que enchem o nosso coração de esperança e fé na humanidade. Mesmo correndo o risco de ser penalizado no trabalho ou ganhar a antipatia dos tripulantes do avião que pilotava, ao saber que uma senhora que precisava urgentemente embarcar perdeu o voo, ele não pensou duas vezes e voltou para a pista. E um fator decisivo para essa decisão foi o apoio daqueles que mais poderiam sair prejudicados com tal atraso: os passageiros.
Essa história superespecial ocorreu no último dia 23 de outubro, coincidentemente no Dia do Aviador.
A tripulação experiente da aeronave sabia que a pontualidade da operação de voo era essencial para que as conexões no aeroporto de Confins, na Grande Belo Horizonte, fossem realizadas sem transtornos para os passageiros. Sabendo disso, o comandante Julio Grizze e o copiloto André Christofoli, junto com as comissárias Olivia e Carla, além do time de solo, começaram o embarque de forma antecipada para evitar atrasos.
No entanto, eles perceberam que um passageiro comprou a passagem, mas não havia chegado a tempo do embarque.
Como de praxe, os pilotos fizeram a alteração necessária relacionada à pessoa a menos a bordo e prosseguiram com os procedimentos da viagem. Após “quase” todos estarem a bordo, eles iniciaram o taxiamento para a pista de decolagem. Foi então que o piloto foi surpreendido por uma situação até então inédita em sua carreira. Quando já estavam posicionados para a decolagem, a estação de rádio do aeroporto chamou os pilotos e disse que a equipe da base da Azul, companhia responsável pelo avião, precisava falar com eles.
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O comandante atendeu ao chamado e percebeu que o agente da base estava com voz diferente da habitual. O pedido feito pelo profissional também não foi dos mais comuns. O agente consultou o comandante, perguntando se ele não poderia retornar à base para buscar a senhora que chorava compulsivamente, dizendo que não podia perder o voo, pois precisava chegar o quanto antes ao hospital onde estava sua mãe.
Mesmo ciente dos possíveis impactos que isso poderia gerar para os demais clientes da companhia, o comandante Julio Grizze estava disposto a atender a esse pedido. Mas, claro, ele não podia tomar tal decisão sem consultar os mais interessados, no caso, os passageiros.
Enquanto fazia o retorno para o embarque da última passageira, ele anunciou pelo sistema de áudio da aeronave que estavam voltando para ajudar uma pessoa com um caso grave de doença na família.
Assim que terminou sua fala, em vez dos gritos de reprovação e descontentamento, o que ele ouviu foram os muitos aplausos dos demais passageiros da aeronave.
Ao chegar de volta ao portão de embarque, a senhora foi recebida pelas comissárias, que a acalmaram, fazendo com que o voo entre Governador Valadares e Confins ocorresse sem demais transtornos. E o melhor: mesmo com o retorno, a aeronave pousou com tempo suficiente para que todas as conexões fossem atendidas. Enquanto se dirigia ao pátio do aeroporto de destino, o comandante agradeceu mais uma vez aos passageiros pela compreensão e generosidade e, novamente, pôde ouvir as palmas da cabine de passageiros.
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Ainda conforme publicação no portal de aviação Aeroin, até mesmo o presidente da empresa aérea, John Rodgerson, enviou um e-mail parabenizando a atitude singela, mas heroica do piloto.
“Comandante Julio e toda a tripulação do voo, e também time de solo de Governador, que linda atitude e demonstração de consideração com a nossa cliente! Vocês souberam muito bem trabalhar em equipe para mostrar que o que realmente importa para nós da Azul é cuidar das pessoas, sejam elas tripulantes ou nossos clientes”, concluiu. Que bela atitude!
Também desejamos que tanto a passageira quanto a sua familiar, com quem ela tanto precisava encontrar, estejam bem!
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