A literatura brasileira é uma das mais lindas e ricas do mundo. Os escritores que fazem parte de nossa história nos presentearam – e seguem presenteando, com sua incrível capacidade de provocar reflexões, emoções e sensações únicas através de seus poemas.
Em seus escritos sobre amor, esperança, saudade e tudo o que envolve os relacionamentos humanos, eles nos fazem experimentar a vida através de uma perspectiva diferente e que merece ser valorizada.
Montamos esse texto para homenagear essa parte tão marcante de nossa história e cultura. A seguir, você lerá 19 poemas dos poemas mais lindos e poderosos da literatura brasileira.
De Hilda Hilst a Carlos Drummond de Andrade, você explorará leituras reflexivas e cheias de significado, que vão te encantar e te mostrar o verdadeiro poder da poesia, que transcende qualquer tipo de diferença humana.
Poemas da literatura brasileira
Vou-me embora pra Pasárgada (Manuel Bandeira)
Esse poema fala sobre o desejo que todos nós já sentimos de abandonar a nossa realidade e partir em busca de um lugar distante e idealizado, quando enfrentamos problemas.
Paságrada simboliza esse local de harmonia, segurança e conforto. É aquele conforto da realidade que todos desejamos.
Vou-me embora pra Pasárgada
Lá sou amigo do rei
Lá tenho a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada
Vou-me embora pra Pasárgada
Aqui eu não sou feliz
Lá a existência é uma aventura
De tal modo inconseqüente
Que Joana a Louca de Espanha
Rainha e falsa demente
Vem a ser contraparente
Da nora que nunca tive
E como farei ginástica
Andarei de bicicleta
Montarei em burro brabo
Subirei no pau-de-sebo
Tomarei banhos de mar!
E quando estiver cansado
Deito na beira do rio
Mando chamar a mãe – d’água.
Pra me contar as histórias
Que no tempo de eu menino
Rosa vinha me contar
Vou-me embora pra Pasárgada
Em Pasárgada tem tudo
É outra civilização
Tem um processo seguro
De impedir a concepção
Tem telefone automático
Tem alcalóide à vontade
Tem prostitutas bonitas
Para a gente namorar
E quando eu estiver mais triste
Mas triste de não ter jeito
Quando de noite me der
Vontade de me matar
– Lá sou amigo do rei –
Terei a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada.
- Biografias: Biografia de Jojo Todynho
Seiscentos e Sessenta e Seis (Mario Quintana)
Nesse poema, nos deparamos com a história de uma pessoa que está no final de sua vida, e aproveita esse momento para analisar as suas experiências e ganhar sabedoria a partir delas.
A vida é uns deveres que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são 6 horas…
Quando se vê, já é 6.ª feira…
Quando se vê, passaram 60 anos…
Agora, é tarde demais para ser reprovado…
E se me dessem – um dia – uma outra oportunidade,
eu nem olhava o relógio.
seguia sempre, sempre em frente …
E iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas.
Que este amor não me cegue nem me siga (Hilda Hilst)
![Os 19 poemas mais lindos e poderosos da literatura brasileira](https://osegredo.com.br/wp-content/uploads/2023/08/poemas.png.webp)
Aqui, Hilda Hilst fala sobre o lado obscuro do amor e as sensações que ele desperta na gente, que muitas vezes são ocultadas nos poemas de amor tradicionais. Nas linhas, é possível perceber uma súplica de Hilda para que o amor não a cause qualquer dano.
Que este amor não me cegue nem me siga.
E de mim mesma nunca se aperceba.
Que me exclua do estar sendo perseguida
E do tormento
De só por ele me saber estar sendo.
Que o olhar não se perca nas tulipas
Pois formas tão perfeitas de beleza
Vêm do fulgor das trevas.
E o meu Senhor habita o rutilante escuro
De um suposto de heras em alto muro.
Que este amor só me faça descontente
E farta de fadigas. E de fragilidades tantas
Eu me faça pequena. E diminuta e tenra
Como só soem ser aranhas e formigas.
Que este amor só me veja de partida.
Incenso fosse música (Paulo Leminski)
Esse é um dos poemas curtos desse incrível poeta brasileiro, e se tornou um verdadeiro clássico. Incenso fosse música fala sobre a importância da autenticidade e do comprometimento com a nossa verdadeira essência.
Isso de querer
ser exatamente aquilo
que a gente é
ainda vai
nos levar além
Soneto de Fidelidade (Vinicius de Moraes)
Esse é um dos poemas de amor mais famosos da literatura brasileira. Nos versos, Vinicius de Moraes deixa claro que o seu oco não é amor eterno, mas sim um amor dedicado e completo, enquanto o sentimento durar.
Ele se compromete a entrega, mas não necessariamente a um amor que dure para sempre, ressaltando que os sentimentos podem ser perecíveis. No entanto, isso não os invalida, pelo contrário, apenas reforça a importância de curtir cada momento
De tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento.
E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.
Casamento (Adélia Prado)
Nesse poema, Adélia demonstra a sua clássica característica: relatar cenas do cotidiano de maneira lúdica, nesse caso, focando na cumplicidade entre um casal.
Há mulheres que dizem:
Meu marido, se quiser pescar, pesque,
mas que limpe os peixes.
Eu não. A qualquer hora da noite me levanto,
ajudo a escamar, abrir, retalhar e salgar.
É tão bom, só a gente sozinhos na cozinha,
de vez em quando os cotovelos se esbarram,
ele fala coisas como “este foi difícil”
“prateou no ar dando rabanadas”
e faz o gesto com a mão.
O silêncio de quando nos vimos a primeira vez
atravessa a cozinha como um rio profundo.
Por fim, os peixes na travessa,
vamos dormir.
Coisas prateadas espocam:
somos noivo e noiva.
Poema No Meio do Caminho (Carlos Drummond de Andrade)
![Os 19 poemas mais lindos e poderosos da literatura brasileira](https://osegredo.com.br/wp-content/uploads/2023/08/poemas.jpg.webp)
Nesse poema, é retratada uma situação que todos vivemos em diversos momentos: encontrar uma pedra no meio do nosso caminho.
Ao longo do poema, refletimos sobre os problemas que surgem em nosso caminho e como escolhemos lidar com eles. É uma bela reflexão sobre a vida.
No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.
Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra.
Amavisse (Hilda Hilst)
Os versos desse poema focam em um amor intensão e uma paixão tão dominadora que são capazes de tomar conta do sujeito. O título do poema se trata de uma palavra latina que significa “ter amado”.
Como se te perdesse, assim te quero.
Como se não te visse (favas douradas
Sob um amarelo) assim te apreendo brusco
Inamovível, e te respiro inteiro
Um arco-íris de ar em águas profundas.
Como se tudo o mais me permitisses,
A mim me fotografo nuns portões de ferro
Ocres, altos, e eu mesma diluída e mínima
No dissoluto de toda despedida.
Como se te perdesse nos trens, nas estações
Ou contornando um círculo de águas
Removente ave, assim te somo a mim:
De redes e de anseios inundada.
José (Carlos Drummond de Andrade)
![Os 19 poemas mais lindos e poderosos da literatura brasileira](https://osegredo.com.br/wp-content/uploads/2023/08/Poemas-1.png.webp)
Esse poema fala sobre a indecisão que pode nos dominar quando passamos por situações difíceis na vida. Ele foi a inspiração para a famosa frase: “e agora, José?”, que se tornou muito comum em nosso cotidiano.
E agora, José?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José?
e agora, você?
você que é sem nome,
que zomba dos outros,
você que faz versos,
que ama, protesta?
e agora, José?
Está sem mulher,
está sem discurso,
está sem carinho,
já não pode beber,
já não pode fumar,
cuspir já não pode,
a noite esfriou,
o dia não veio,
o bonde não veio,
o riso não veio,
não veio a utopia
e tudo acabou
e tudo fugiu
e tudo mofou,
e agora, José?
E agora, José?
sua doce palavra,
seu instante de febre,
sua gula e jejum,
sua biblioteca,
sua lavra de ouro,
seu terno de vidro,
sua incoerência,
seu ódio, – e agora?
Com a chave na mão
quer abrir a porta,
não existe porta;
quer morrer no mar,
mas o mar secou;
quer ir para Minas,
Minas não há mais.
José, e agora?
Se você gritasse,
se você gemesse,
se você tocasse,
a valsa vienense,
se você dormisse,
se você cansasse,
se você morresse…
Mas você não morre,
você é duro, José!
Sozinho no escuro
qual bicho-do-mato,
sem teogonia,
sem parede nua
para se encostar,
sem cavalo preto
que fuja a galope,
você marcha, José!
José, para onde?
Timidez (Cecília Meireles)
Esse poema retrata a uma característica do trabalho de Cecília Meireles: falar sobre os conceitos da morte, do amor, do eterno e do efêmero.
Basta-me um pequeno gesto,
feito de longe e de leve,
para que venhas comigo
e eu para sempre te leve…
– mas só esse eu não farei.
Uma palavra caída
das montanhas dos instantes
desmancha todos os mares
e une as terras mais distantes…
– palavra que não direi.
Para que tu me adivinhes,
entre os ventos taciturnos,
apago meus pensamentos,
ponho vestidos noturnos,
– que amargamente inventei.
E, enquanto não me descobres,
os mundos vão navegando
nos ares certos do tempo,
até não se sabe quando…
– e um dia me acabarei.
Morte e Vida Severina (João Cabral de Melo Neto)
Um clássico da nossa literatura, esse poema retrata a história de Severino, um retirante brasileiro que busca um lugar melhor para viver, onde não haja fome. Severino representa todos os imigrantes nordestinos que fizeram essa mesma escola.
Abaixo, deixamos um trecho do poema que fala sobre os problemas sociais.
— O meu nome é Severino,
como não tenho outro de pia.
Como há muitos Severinos,
que é santo de romaria,
deram então de me chamar
Severino de Maria
como há muitos Severinos
com mães chamadas Maria,
fiquei sendo o da Maria
do finado Zacarias.
Mas isso ainda diz pouco:
há muitos na freguesia,
por causa de um coronel
que se chamou Zacarias
e que foi o mais antigo
senhor desta sesmaria.
Poema sujo (Ferreira Gullar)
Esse poema foi escrito enquanto Ferreira Gullar estava exilado em Buenos Aires, em 1976, ELe conta com mais de dois mil versos e fala sobre a origem de Ferreira, suas crenças políticas, sua vida pessoal e profissional e o seu desejo de retornar ao Brasil em liberdade. Separamos um trecho dele abaixo.
Que importa um nome a esta hora do anoitecer em São Luís
do Maranhão à mesa do jantar sob uma luz de febre entre irmãos
e pais dentro de um enigma?
mas que importa um nome
debaixo deste teto de telhas encardidas vigas à mostra entre
cadeiras e mesa entre uma cristaleira e um armário diante de
garfos e facas e pratos de louças que se quebraram já
um prato de louça ordinária não dura tanto
e as facas se perdem e os garfos
se perdem pela vida caem pelas falhas do assoalho e vão conviver com ratos
e baratas ou enferrujam no quintal esquecidos entre os pés de erva-cidreira
Os ombros suportam o mundo (Carlos Drummond de Andrade)
Esse poema retrata o cansaço e o vazio de uma vida solitária, sem amor, amigos ou fé. ELe nos convida a refletir sobre as coisas ruins do mundo: a fome, a guerra, a injustiça. Mas também nos traz uma ideia de resiliência.
Chega um tempo em que não se diz mais: meu Deus.
Tempo de absoluta depuração.
Tempo em que não se diz mais: meu amor.
Porque o amor resultou inútil.
E os olhos não choram.
E as mãos tecem apenas o rude trabalho.
E o coração está seco.
Em vão mulheres batem à porta, não abrirás.
Ficaste sozinho, a luz apagou-se,
mas na sombra teus olhos resplandecem enormes.
És todo certeza, já não sabes sofrer.
E nada esperas de teus amigos.
Pouco importa venha a velhice, que é a velhice?
Teus ombros suportam o mundo
e ele não pesa mais que a mão de uma criança.
As guerras, as fomes, as discussões dentro dos edifícios
provam apenas que a vida prossegue
e nem todos se libertaram ainda.
Alguns, achando bárbaro o espetáculo
prefeririam (os delicados) morrer.
Chegou um tempo em que não adianta morrer.
Chegou um tempo em que a vida é uma ordem.
A vida apenas, sem mistificação.
Ora direis ouvir estrelas (Olavo Bilac)
![Os 19 poemas mais lindos e poderosos da literatura brasileira](https://osegredo.com.br/wp-content/uploads/2023/08/Poemas-2.png.webp)
Um dos sonetos mais belos de Olavo Bilac, esse poema fala sobre as complexidades do amor e capacidade de enxergar além das aparências.
Ora (direis) ouvir estrelas! Certo
Perdeste o senso!” E eu vos direi, no entanto,
Que, para ouvi-las, muita vez desperto
E abro as janelas, pálido de espanto…
E conversamos toda a noite, enquanto
A Via Láctea, como um pálio aberto,
Cintila. E, ao vir do sol, saudoso e em pranto,
Inda as procuro pelo céu deserto.
Direis agora: “Tresloucado amigo!
Que conversas com elas? Que sentido
Tem o que dizem, quando estão contigo?”
E eu vos direi: “Amai para entendê-las!
Pois só quem ama pode ter ouvido
Capaz de ouvir e de entender estrelas.
Contagem regressiva (Ana Cristina César)
O trecho que apresentados fala sobre uma decisão que todos já tomamos: nos envolver em um novo amor para esquecer o do passado. Uma reflexão muito inteligente sobre os relacionamentos.
(…) Acreditei que se amasse de novo
esqueceria outros
pelo menos três ou quatro rostos que amei
Num delírio de arquivística
organizei a memória em alfabetos
como quem conta carneiros e amansa
no entanto flanco aberto não esqueço
e amo em ti os outros rostos
Canção do Exílio (Gonçalves Dias)
Nesse conhecido poema, Gonçalves Dias fala sobre o seu amor pelo nosso país e saudade que sentia enquanto estava em Portugal. Esse poema, cheio de patriotismo é um dos mais fortes e nacionalistas do Brasil.
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.
Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar — sozinho, à noite —
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu’inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Com licença poética (Adélia Prado)
Esse poema apresenta Adélia para o grande público. Ela fala sobre si mesma, sobre a mulher na sociedade e também homenageia Carlos Drummond de Andrade através de sua estrutura Drummond era seu ídolo e amigo.
Quando nasci um anjo esbelto,
desses que tocam trombeta, anunciou:
vai carregar bandeira.
Cargo muito pesado pra mulher,
esta espécie ainda envergonhada.
Aceito os subterfúgios que me cabem,
sem precisar mentir.
Não tão feia que não possa casar,
acho o Rio de Janeiro uma beleza e
ora sim, ora não, creio em parto sem dor.
Mas, o que sinto escrevo. Cumpro a sina.
Inauguro linhagens, fundo reinos
— dor não é amargura.
Minha tristeza não tem pedigree,
já a minha vontade de alegria,
sua raiz vai ao meu mil avô.
Vai ser coxo na vida, é maldição pra homem.
Mulher é desdobrável. Eu sou.
Amor (Álvares de Azevedo)
![Os 19 poemas mais lindos e poderosos da literatura brasileira](https://osegredo.com.br/wp-content/uploads/2023/08/Poemas-3.png.webp)
Esse clássico poema fala sobre o desejo de sentir o amor verdadeiro e aproveitar tudo o que ele tem a oferecer.
Amemos! Quero de amor
Viver no teu coração!
Sofrer e amar essa dor
Que desmaia de paixão!
Na tu’alma, em teus encantos
E na tua palidez
E nos teus ardentes prantos
Suspirar de languidez!
Quero em teus lábios beber
Os teus amores do céu,
Quero em teu seio morrer
No enlevo do seio teu!
Quero viver d’esperança,
Quero tremer e sentir!
Na tua cheirosa trança
Quero sonhar e dormir!
Vem, anjo, minha donzela,
Minha’alma, meu coração!
Que noite, que noite bela!
Como é doce a viração!
E entre os suspiros do vento
Da noite ao mole frescor,
Quero viver um momento,
Morrer contigo de amor!
Versos Íntimos (Augusto dos Anjos)
Nesse poema, Augusto dos Anjos fazer críticas ao egocentrismo, uma característica presente na sociedade de sua época (e também na atual). Seus versos carregados de verdades e sabedorias são admirados desde leigos a críticos literários.
Vês?! Ninguém assistiu ao formidável
Enterro de tua última quimera.
Somente a Ingratidão – esta pantera –
Foi tua companheira inseparável!
Acostuma-te à lama que te espera!
O Homem que, nesta terra miserável,
Mora entre feras, sente inevitável
Necessidade de também ser fera
Toma um fósforo, acende teu cigarro!
O beijo, amigo, é a véspera do escarro.
A mão que afaga é a mesma que apedreja.
Se alguém causa ainda pena a tua chaga
Apedreja essa mão vil que te afaga.
Escarra nessa boca que te beija!
E assim encerramos esse tour maravilhoso acerca da literatura brasileira. Os 19 poemas que apresentamos nesta lista são verdadeiras joias de nossa cultura, que carregam consigo diversas emoções e reflexões acerca da vida
Essa obras são um reflexo do talento e da sensibilidade dos poetas que os criaram, que retrataram em palavras sentimentos e situações que nós também podemos viver em nossas vidas, mesmo décadas depois.
A poesia é uma forma de arte capaz de nos conectar com o íntimo da experiência humana, e esses poemas são exemplos disso.
Volte a esses poemas sempre que sentir a necessidade de fazer reflexões sobre a vida e os relacionamentos. Leia cada um deles com a mente e o coração abertos, pronto para absorver todo o conhecimento que eles tem a te ensinar.
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