Todo ser humano tem uma essência singular e única, que não deve ser banalizada nem ignorada, por conta da rotina. Mas, infelizmente, somos a todo momento influenciados em nos boicotar, diante das vidas perfeitas passadas a nós, por meio das mídias sociais.
Quando vamos decidir o que postar ou não, selecionamos somente os nossos melhores momentos, seja uma viagem, algo produtivo como estudar ou apenas uma imagem que destaca um momento de autorreflexão que tivemos.
Ou seja, só divulgamos o que julgamos que será melhor interpretado pelo outro. Dificilmente alguém divulgará um momento em que se encontra com baixa autoestima ou que está chorando por um motivo de vaidade ferida.
Temos consciência de que as pessoas só mostram aquilo que lhes convém mostrar ao mundo, mas ainda assim, julgamos nossas vidas, baseados em uma imagem que mostra apenas a melhor parte da vida de alguém. Insistimos e persistimos em querer comparar nossa vida real, com o ideal de cada um, esquecendo de que também temos nossos ideais, e que, naturalmente, nada é perfeito em 100% do tempo.
Reconhecer o por trás das câmeras de cada um é se permitir conhecer o melhor que o outro tem a nos oferecer, e isso não nos torna piores e nem melhores que ninguém, isso só nos mostra o lado humano de cada pessoa e que, na essência, somos todos semelhantes uns aos outros.
Todas as pessoas possuem suas mazelas e suas potencialidades, que, muitas vezes, estão escondidas em uma “vida” idealizada, que a sociedade cobra que você tenha, afinal, quem é a sociedade? Não passa de padrões que nós mesmos alimentamos e retroalimentamos, e que, infelizmente, adoece aqueles que são frágeis em sua imagem.
Quando menciono sobre imagem, não me refiro às suas qualidades sociais e físicas, pois elas não são capazes de definir seus princípios.
Ter autoconhecimento de quem você é, do porquê você vive e quais são os propósitos existências, é o que de fato o ajuda a saber lidar com as cobranças do seu dia a dia.
Suas atitudes não definem o quanto você é maravilhoso, somente você é capaz de julgar quem, de fato, você é, e mesmo você sendo o único com essa capacidade, na maioria das vezes, você se torna seu pior crítico, devido às interpretações equivocadas que possui do seu ser no mundo!
Proponho uma autoanálise de suas mazelas e potencialidades, em que diariamente se repita a si mesmo:
“Mesmo vulnerável às implicações mundanas, tenho consciência das minhas limitações, e isso me torna mais forte. Mesmo com medo de enfrentar a dura realidade da vida, sou corajoso para enfrentá-las de frente. Sou capaz. Sou único e sou um ser maravilhoso. Não sou melhor que ninguém, mas também não sou pior que ninguém e todos têm seu lugar de excelência no mundo!”
Alimentar a autoestima e a autoconfiança não é uma tarefa fácil, dita tempo e amor a si mesmo, mas, se alcançada e constantemente vigiada, torna-o um ser evoluído e grato.
Para amar e respeitar o outro, primeiramente deve-se amar e respeitar a si mesmo!
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