Há exatamente seis meses passamos por uma crise no relacionamento. Eu sei o tempo exato, pois a dor e o sofrimento é algo memorável quando se é sentido na pele.
Nosso namoro é regado por desconfiança, traição e muita mágoa do passado. Como chegamos a este ponto? Eu também estou tentando entender, mas continuo nesta relação enquanto não encontro respostas para perguntas que nem eu sei quais são.
Não começamos a namorar como aqueles casais de filmes, onde um bate o olho no outro e, a partir do primeiro beijo, pronto, estamos apaixonados. Nosso namoro se deu durante um longo período de “ficadas” eventuais, em meio a muitas outras relações intermediárias de ambas as partes. Aparentemente, acabaram as opções para ambos, e a única coisa que nos sobrou foi nós mesmos. Um usando o outro como muleta para suprir lacunas afetivas que outros relacionamentos deixaram.
A princípio, estávamos de acordo com esta relação. Um namoro por conveniência, onde nos entendemos suficientes um para o outro nas devidas proporções cabíveis àquela situação.
Mas de uns tempos para cá, o prazer de estar com o outro ficou de lado e consequentemente tomamos consciência de quem éramos e com quem estávamos nesta aventura amorosa.
Vieram à tona todos os vacilos que demos um com o outro. À medida que o tempo passava, surgiam novos fatos e confissões decorrente dos atos do passado causados por nós dois, durante a nossa relação.
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Ou seja, descobrimos inúmeros falhas nesta relação confortavelmente satisfatória.
O encanto do “status quo” foi se deteriorando e a cada punhalada que recebíamos um do outro jorrava um pouco mais de rancor de nossos corações.
Não estamos bem. Por fim, isso se perpetua e eu juro que estou tentando ainda salvar esta relação, até porque durante este tempo no qual estamos juntos, aprendi a amá-la, mas só o amor não é o suficiente para manter um namoro e vocês sabem disso.
Hoje ela completa mais um ano de vida, é seu aniversário. Mas hoje, eu não lhe darei presente e nem futuro, porque a nossa história se encerra agora.
Talvez, o melhor presente que possa dar a ela é a chance de não me ter mais em sua vida e tentar ser feliz com outro alguém.
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Quem sabe eu também não ganhe esse presente de ser feliz, mesmo não sendo meu aniversário.
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