Percebemos que, quando uma pessoa muito querida se vai, significa que a missão dela se cumpriu, significa que ela alcançou a visão de sua alma em completude!
Quando uma pessoa muito querida vai para outro plano, a questão não é com ela, mas com nós mesmos. Somos chamados abruptamente a ocupar o nosso interior e a remexer tudo o que está ou estava estagnado.
Diante da partida de um ente querido, somos calados, somos lembrados de que também somos mortais e que tudo é passageiro. Tudo fica, menos as realizações da alma, se permitirmos, é claro. Nascemos cada um com um reino próprio, um mundo interior riquíssimo, interagimos com os outros tantos reinos. Quando se vai deste para outro plano astral, leva-se esse mesmo reino.
Em quem fica, abre-se uma lacuna quando alguém muito especial se vai. Essa lacuna pode configurar-se como imagens, palavras, sensações ou até mesmo a falta de sensações.
E quando o ser amado, que se foi, era íntegro, intenso, vigoroso, alegre? O que é que se faz? Aprender. Silenciar e aprender!
Aprender com a delicada voz da vida mais sobre vida e morte, algo natural em nossa existência. Aprender a lição que fica: aproveitar o melhor da vida, ser melhores a cada segundo, agir honestamente conosco e com o outro, sem medos e mais confiantes no poder divino.
Depois, tudo, aos poucos, vai se ajustando, reequilibrando. Não volta a ser como era antes. A energia da pessoa amada permanece latente em nosso coração como uma pequena chama que se junta à nossa chama para nos ajudar a continuar eliminando mais e mais da escuridão do mundo.
No fim das contas, percebemos que, quando uma pessoa muito querida se vai, significa que a missão dela se cumpriu, significa que ela alcançou a visão de sua alma em completude!
E se essa pessoa estava, esteve, muito próxima a nós, é porque algo muito profundo em nós quer vir para nos fortalecer e nos fazer vibrar ainda mais e mais intensamente.
Direitos autorais da imagem de capa: Min An/Pexels.