Ah, o reencontro! Existe um longo caminho a ser percorrido, para que os sentimentos se fortaleçam e tornem a jornada conjunta repleta de cumplicidade e admiração mútua.
E, se não nos permitirmos a entrega na totalidade que o amor requer, acabaremos fatalmente nos furtando de dedicar o mínimo de nós mesmos ao outro, relegando-o ao vazio solitário de nossa presença incompleta.
Ninguém suporta o desprezo, a indiferença, a agressividade silenciosa e a companhia vazia de quem lhe prometera amar pelo resto da vida.
O amor não aceita desaforo, não sobrevive de passado, tampouco se alimenta de esperanças unilaterais e de correspondência nula. Há um receio gigantesco em ser chamado de “sentimental ou brega”.
Romantismo não é necessariamente brega e que o brega não é necessariamente romântico. Como tudo na vida, é uma questão de equilíbrio.
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Talvez seja a maturidade, os anos, ou mesmo a resignação, mas chegastes a hora em que percebemos que há discussões que já não valem a pena. É então que preferimos optar por esse silêncio que cala e sorri, mas que nunca outorga, esse que compreende, por fim, que de nada serve dar explicações a quem não deseja entender.
Trata-se de uma etapa pessoal onde já não desejamos enganar a nós mesmos, onde lutamos por um equilíbrio interior, onde queremos cuidar das nossas palavras, respeitar o que ouvimos e meditar cada aspecto que optamos por calar. É então que somos conscientes de quais aspectos merecem o esforço e quais merecem distância.
Numa viagem, entramos em contato conosco de um jeito único, solitário, ainda que estejamos em grupo ou família. Outro cenário, outra cultura, outro idioma ou sotaque, nossa zona de conforto deixada em casa.
Como administramos o que levamos conosco e que queremos levar como recordação.
É justamente nas viagens que a liberdade tem mais liberdade para se expressar.