Os ecos das vozes dos outros pingam constantemente na nossa cabeça como uma tempestade de opiniões. Ruídos do mundo, que nos causam uma poluição mental de pensamentos sem fim.
A cada pensamento uma reação. Nossas emoções se alteram, exaltam-se, modificam-se conforme o fluxo e o conteúdo daquilo que pensamos.
Quando colocamos nosso estado interior na boca dos outros vemos nosso emocional ser jogado como ume peteca de um lado para o outro, de cima para baixo, num desiquilíbrio sem fim. Vamos da altura ao chão em questão de segundos.
Sabendo que assim como nossos pensamentos refletem nas nossas emoções, também as emoções vem a refletir em nosso estado energético, e por consequência, na criação de nossas vidas.
Em cada ser da existência habita um ponto de vista, baseado em suas experiências, medos, emoções, anseios e sentimentos. Entre críticas e elogios a opinião dos outros não nos pode servir de guia existencial. Cada opinião nada mais é do que uma pedra a ser lapidada pela nossa própria inteligência, na análise das escolhas de cada dia.
Porém, as vozes externas nada sabem das particularidades de nosso mundo interior. Nem o mais sensato observador pode penetrar na profundeza de sentimentos que habita em nossa alma, intraduzíveis em palavras humanas e além de qualquer imagem mental.
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Por isso, ouvir os outros é se perder na rota do nosso destino. Nunca, jamais, em hipótese alguma, uma opinião deve ser aceita sem passar pelo filtro da voz profunda de nossos corações.
Nosso coração é muito mais do que um órgão vital. Na esfera astral é dali que parte todo o conhecimento profundo da vida e dos caminhos que devemos seguir. Nosso coração é o ponto de nosso sistema ligado diretamente a Inteligência Divina.
Já dizia o sábio Calunga “Quando Deus quer alguma coisa de nós, ele coloca no nosso coração”.
Então, aquele que age apenas ouvindo os outros vive para o mundo, mas aquele que ouve o seu coração vive para Deus. Pois as leis Divinas não foram feitas aos ouvidos humanos, aos livros de papel, ou a boca dos sacerdotes, mas para a simplicidade de cada ser. Não precisamos de meios para chegar ao divino, quando o divino já habita em nós. Precisamos apenas nos desligar do exterior, e olhar diretamente para dentro. Para o Divino que habita em nós. Porque o DNA Divino está presente na estrutura de cada ser.
Pois a vida não se esconde atrás de códigos ou rituais. Deus não se coloca atrás de enigmas, nem se revela no cumprimento de obrigações. A sabedoria divina não exige e nem condena, não se faz inacessível e nem reservada para poucos. Não faz escolhidos e não seleciona especiais. Ela é que é, especial por estar nas profundezas de cada um.
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Se for para ouvir alguém, que se alguém seja o seu coração. Que ele seja o guia dos seus caminhos, a estrela que ilumina suas noites escuras, o vento que refresca suas dores, o sol que te ilumina nos seus momentos de incerteza, a mãe que te consola com doçura, o amigo que te aconselha com candura.
Que no seu coração você encontre a força para os momentos de luta, a paz para as tribulações do mundo, o amor que preenche esse vazio profundo.
Quando consultar ele não procure por lógica, não queira que ele te fale de certezas, nem que faça promessas que te iludam. Mas, que procure nele a verdade ilógica da existência, o melhor caminho que vai além das aparências, e a felicidade que estava além de seus sonhos infantis.
Porque o coração é o baú que guarda os segredos da vida.
É o companheiro de cada instante.
Um sublime diamante a apontar a melhor saída.
Aquele que te fala pelo sentir.
O companheiro inseparável, oráculo do devir,
Fruto divino, filho da verdade,
Aquele que está com você, hoje, amanhã e pela eternidade.
Por isso, se for pra ouvir alguém, que esse alguém seja o seu coração. Pois esse é o canal que te liga diretamente a Deus.
Fiquem na luz.
Um amigo.