“Sem maquiagem, alguns fios brancos, roupa confortável e no MEU peso.” “Estou bem e daí?” “Sou vaidosa, mas não vendo na embalagem o que não sinto por dentro.”
Os desabafos acima poderiam ser formas de protesto visto por alguns. De desleixo, visto por outros. De cruz credo, para os que vivem do mercado da beleza.
Seria um grito de liberdade, se houvesse necessidade. Mas acho que nem precisa, todo mundo tem o direito de ser o que se quer ser.
Isso não quer dizer que devamos andar por ai feito indigentes. Mas podemos ser livres de estereótipos e de “obrigações”. Podemos viver nossas vontades e nossa liberdade de escolha.
No meu caso, levo meus fios para dar umas voltinhas e ver as vitrines dos shoppings, se não estiverem me incomodando. Eles têm fases sossegados, ok e insuportáveis.
Prezo pelo meu conforto, posso? Desço do salto na mesma rapidez em que subo neles quando preciso.
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Dou o direito de minha pele respirar um ar fresco. Não uso maquiagem sempre, embora me sinta muito melhor com. Mas tem dias que minha preguiça está maior que a minha autoestima.
Dietas, faço, não faço, faço, não faço, faço, não faço… só depende do meu estado de espírito e da “justês” das roupas no meu largo quadril. Sou mulher, sou volúvel e mudo de opinião como mudo de roupa.
Para aquelas que tem prazer em se montar todas as manhãs, malhar todos os dias, maneirar em todas as refeições, os meus parabéns e minha inveja colorida. Acho lindo, admiro e muito! Mas por mais que eu tente, não acordo todos os dias neste mood. Por favor, se nos virmos por aí, respeitem meu jeans e all star, que depois me entendo com meu arrependimento.
Por Cintia Almeida que é de fases e que prefere sempre um “Uau! Você viu como ela está linda?” do que um “Nooossa, já a viu sem maquiagem?”.
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