A vulnerabilidade do nosso ser.
A gente carrega uma série de argumentos sobre nós mesmos.
Na maioria das vezes, estes argumentos são pessimistas e destrutivos. Surpreendo-me volta e meia com comentários otimistas a meu respeito.
Adquirimos a viciante habilidade de buscarmos ser alguma outra coisa que não seja esta que se vive no presente. Praticamente todos os meios em nossa sociedade estão sempre a exaltar um futuro maquiado e que acontece sempre com o outro e não consigo. Para se vender muito é necessário desmerecer o que existe, certo?
Somos o tempo todo tentados a acreditar que o que somos, e principalmente o que temos, não é o bastante.
Se você se olhar de dentro de si, vai enxergar essa pessoa que dorme e acorda com você todos os dias. O que temos a dizer sobre nós mesmos, através do nosso próprio olhar?
O que enxergam em mim corresponde a quem eu sou e em como me sinto? E isto pode ser um tremendo desafio, nem sempre enxergamos nossas próprias capacidades por não as admitir. Assim como, nem sempre enxergamos nossos erros e mudanças necessárias.
Na maioria das vezes você acabará se surpreendendo quando ouvir o que os outros pensam a seu respeito. De fato, o que os outros pensam, é baseado no que eles veem e isso pode ser muito bom ou muito ruim. Pode não definir quem você é, mas também poderá lhe mostrar quem você é e nunca conseguiu enxergar.
Nesta hora, a gente conhece a vulnerabilidade e a sua beleza, a de não ter medo – ou ter – de quem se é, aceitar se expor não pelo ego-ísmo de não se importar com o que pensam, afinal no fundo nos importamos sim. Se não nos importássemos, não teríamos medo de falar de nós e das nossas verdades.
Ser vulnerável é a maior força que alguém pode conquistar, depois de sua vitória pessoal em vencer as fugas de si mesmo. E então, o que o outro pensa pode não doer, pode ser verdade, pode ser antigo e restaurado, pode ser o novo e muito bonito.
Ser vulnerável é a coisa mais difícil que existe, até que se aprenda que a própria nudez não é a única e que ninguém teme a minha nudez e sim a própria. Depende como você se vê.
No fim das contas você dorme e acorda com você todos os dias, não há o que temer. Seja!
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