A Sabedoria está nos olhos daqueles que enxergam através do véu…
“Só os tolos sabem de tudo. O Sábio aprende aprende algo novo todo dia.” – Quando vi esta citação, logo lembrei de minha mãe…
Quando muito jovem brigava muito com ela. Eram todas as vezes em que ela fazia um “julgamento” a respeito de alguém. Dizia: “Mãe, você nem conhece a pessoa e já vai julgando….”.
Entretanto, foi tão somente com os anos que fui PERCEBENDO que minha mãe tinha razão em muitos “julgamentos” que eu dizia que ela fazia.
Minha mente erudita limitava-se aos porquês que eu insistentemente a questionava. Quase que exigia uma explicação para algo que se chama INTUIÇÃO (sentimento que não conseguimos explicar de forma lógica).
Não compreendia ainda a diferença entre conhecer e saber. Minha mãe sabia, mas não tinha conhecimento para fundamentar o que sabia, e então ser ouvida. Só pude entender tudo isso após dois eventos: a maturidade e os fatos.
O último, só podem ser percebidos quando conseguimos nos isentar de paixões, essas as quais nos cegam e não nos fazem ver as coisas como elas são. Era mais ou menos o que acontecia comigo, todas as vezes que minha mãe falava de alguém.
Eu não concordava, brigava, esbravejava e só então, com o passar dos anos, entendi o tal do “julgamento” que eu tanto dizia que ela fazia…
Chamava-se SABEDORIA. Essa não aprendemos nos livros, é algo intrínseco; estava nela enxergar através do véu….
Hoje, claramente vejo quem são as muitas das pessoas que minha mãe “julgou”.
Na época minha paixão era defender o que eu acreditava – a minha inocência. Não enxergava o mal nas pessoas, somente o bem. Obviamente que isso me fez quebrar algumas vezes a cara.
Mas está tudo certo no final das contas, pois minha mãe, em sua vasta sabedoria, não me impediu de viver, deixou que eu quebrasse a cara para que crescesse e pudesse hoje conseguir discernir o que ela tanto pregava “saber separar o joio do trigo” – isso não aprendemos nos livros.
São as conexões e as experiências que podem nos levar à tão cobiçada SABEDORIA. E quando a entendemos, passamos para um outro estágio que se chama “discernimento”.
E é somente quando temos a condição de discernir, que conseguimos nos “livrar” da paixão, aquela que nos impede de irmos ao encontro de nossa SUBLIMAÇÃO.
By Dric@
Ps: conhecer – conhecimento / saber – sabedoria.