Saudade, tempo e espinhos..
Resolvendo ler algo nessa tarde fria a fim de uma distração e de esquecer um pouco esse estranho sentimento que me habita e que não consigo definir, nem lidar, achei um texto muito bonito sobre o amor, a rosa e os espinhos.
Percebi, que ao me lembrar de você, estou fixamente presa nos espinhos e com um único objetivo, de arrancar você de dentro de mim.
Passaram-se meses e eu ainda me pego pensando em “Onde foi que nos perdemos mesmo?” Por que mesmo eu permanecendo em sua frente você não conseguia me enxergar?
E olha só a coincidência, eu continuo aqui, fazendo coisas para que se orgulhe e me enxergue.
Lembrando de alguns momentos e não entendendo nada, vejo você seguindo e fazendo tudo que um dia eu propus, mas com outras pessoas.
Sabe aquela parte em que nós desejamos a felicidade, um ótimo caminho e que encontrássemos uma boa pessoa?! Foi a parte que mais odiei, porque eu desejava tudo isso pra nós, eu tentei ser a boa pessoa que desejei, queria que enxergasse que,como diz no texto, as rosas possuem sua beleza juntamente com seus espinhos e não estão dispostas a sempre florir, mas não é por esse motivo que o cuidado tem que deixar de existir, e sim, saber identificar que a ausência de flores não significa a morte absoluta, mas o repouso do preparo!
Outra parte significante diz que quem não souber viver o silêncio da preparação não terá o que florir depois.
Almejo que isso um dia, faça parte de sua essência. Quanto a mim, sigo acreditando que o tempo resolverá essa estranheza e mesmo sem flores, quieta, cansada e dolorida, desejo que as lembranças não se façam presentes, que minha felicidade não se baseie nos planos que fizemos ,(mas talvez nessa “felicidade” que me desejou)…
E por hoje decido não me preocupar em saber se a beleza de nossas antigas rosas ainda valem o incômodo desses espinhos.
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Trechos do texto: Sobre o amor, rosas e espinhos – Padre Fábio de Melo
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