Sou gente, sou humana. Tenho meus pontos fracos, tenho minha peculiaridade.
Às vezes penso que nem daqui sou. O céu me parece distante, mas as coisas que imagino estão bem perto de mim, próximas ao coração que não quer solidão.
Não sou de muitas palavras, mas quando solto as feras, livro-me de todos os pesos e rasgos da alma. Prefiro limpá-la ao adoecer por conta de coisas que não sou obrigada a suportar.
Aprendi a carregar meus fardos e sentir minhas dores como aprendizado de vida. Hoje não perco tempo agradando ninguém. Não sou obrigada a ficar onde não quero.
Quero o aconchego de gente simples que deseja minha felicidade. Quero um café na hora que der vontade. Quero alguém que consiga me ouvir sem me questionar. Que auxilie meu momento sem sentir peso nos ombros.
Quero mais fartura no olhar. Quero mais toque, mais cumplicidade. Mais humanidade real. Procuro respirar e digerir melhor meus dias.
Amo quem merece, perdoo quem precisa de perdão. Já levei tapa na cara com luva de pelica, já tentei me encontrar por diversas vezes buscando em mim solução. O que existe lá fora só torna a vida mais bonita com o que quero e enxergo. Ao ver as cinzas verei palidez na alma, ao plantar esperança, revigoro-me pedindo mais paz.
Sou um caminho por vezes sinuoso. Por vezes sigo em linha reta. Por vezes não quero nada. Por vezes quero todo meu silêncio de modo profundo.
Mas a essência não muda. A dignidade continua.
Continuo em busca do meu destino. Deus como sempre tem sido a bússola da minha integridade espiritual. Sinto os pés mais livres. Sinto mais firmeza ao caminhar.