Morrer é tão natural quanto o nascer, crescer e o envelhecer. Mas a naturalidade deste fato nunca o tornou fácil para nenhum de nós.
Perder alguém que amamos é uma dor indescritível e imprevisível, que nos arrasta para um labirinto de emoções e sensações no qual há apenas dois caminhos a seguir:
O primeiro é prolongar o período de luto, espalhando a morte da pessoa amada entre os que ainda vivem conosco. Assim, a dor que lacera a alma torna-se uma necessidade, ou seja, você começa a sentir-se obrigado a sofrer, como se o sofrimento eterno fosse uma prova de amor.
Em meio à inevitável e natural dor do luto…
Mas a pessoa amada que partiu se alegraria com o teu sofrer? Então, não cultive a tua dor, porque por mais intensa que ela seja, certamente é passageira. Não jogue sua vida na morte de alguém que amava te ver transbordando as alegrias de viver.
O segundo caminho possível, em meio à inevitável e natural dor do luto, é evidenciar a memória de quem se foi. Lembrar-se das alegrias do convívio com quem hoje alegra os anjos.
A saudade sempre existirá. E entender os motivos de alguém ter a vida interrompida bruscamente também não diminuirá o vazio que dói. Sofrer por achar que podia ter feito melhor, também é uma dor inútil, que só causaria tristeza a quem hoje nos sorri lá do céu.
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Encha-se de gratidão pelos bons momentos vividos. Desta forma, aquela pessoa amada, cuja presença te fazia feliz, continuará te alegrando através de lembranças e recordações;
E, principalmente, valorize a presença, a companhia, a vida de quem está hoje contigo. Não espalhe a morte de uma pessoa entre os que permanecem vivendo ao teu lado. Expresse seus sentimentos para as pessoas próximas como se hoje fosse o último dia de vida delas, ou o seu, porque, um dia, certamente, será.