Sobre “relacionamento sério”, vou logo direto ao ponto: tem muita gente adoecendo com uma aliança no dedo anelar esquerdo.
Calma, não me julgue como alguém que faz apologia à solidão, não se trata disso. Eu ainda acredito nos relacionamentos amorosos e, no amor.
Eu não sou uma psicóloga que vive proclamando o jargão: “seja o amor da sua vida, você se basta”.
Eu sei o quanto é gratificante compartilhar a vida com alguém. A problema está em achar que um relacionamento vai salvar a sua vida.
Constantemente, eu vejo pessoas, sobretudo mulheres, alimentando a crença de que todos os seus problemas acabarão quando se casarem.
O que essas mulheres ainda não sabem é que uma aliança no dedo, ou casamento com uma pessoa incompatível poderá ser um grande desastre.
O que mais tenho são pacientes que adoeceram no casamento. Muitas se casaram por pressão da família, e do seu meio social. E engana-se quem acha que o fato de o(a) cônjuge ser fiel seja o suficiente para um relacionamento saudável. Isso é muito relativo.
ACONTECE MUITO DE O HOMEM NUNCA TER TRAÍDO A ESPOSA, MAS, TAMBÉM, NUNCA TER FEITO UM ELOGIO A ELA.
O marido paga as contas em dia, mas é incapaz de dar um abraço na mulher que está desnutrida de afeto de carinho, na mesma cama.
O cara coloca uma aliança no dedo dela, é um ótimo provedor, mas quando abre o cadeado do portão, as crianças correm e se escondem com medo; pois já sabem que ele vai descarregar todo o estresse do trabalho dentro de casa.
Nesse caso, os filhos correm e se escondem, mas a esposa costuma ser o saco de pancadas. E dá-lhe adoecimento emocional e, consequentemente, físico para essa mulher.
Eu só quero fazer um lembrete: quando sonharem com a aliança no dedo esquerdo e a certidão de casamento, não se esqueçam de que nada disso fará sentido se os seus olhos não estiverem brilhando.
Eu já vi casais felizes numa relação não formalizada. E vejo pessoas se enterrando vivas dentro de um casamento que foi feito com manda o figurino.