Não permita que o negativismo o domine e que o medo o paralise. Quando sentir que outra crise existencial se aproxima, reconheça-a tranquilamente e troque-a por uma emoção melhor. Como a gratidão por quem você hoje, por exemplo.
Em tempos insanos de aceleração da vida moderna (leia-se o ditado-ameaça de que “Tempo é dinheiro”), nos vemos às voltas com míseras e cotidianas 24 horas por dia, que mal e parcamente suprem nossos planos mirabolantes de vida. Aqueles mesmos, recheados de expectativas irreais de que não damos conta ano após ano, e que terminam por compor nossa lista de resoluções idealistas a cada novo ano que surge no horizonte, acenando com infinitas e coloridas possibilidades.
Consequentemente, estamos sempre por adiar a infindável lista de tarefas que não cabe no plano do real. Tudo isso compõe um agora tumultuado e cheio de incertezas.
Tal cenário pode lhe parecer peculiar por ilustrar nitidamente sua vida nesse momento – e com riqueza de detalhes -, mas acredite: não é. Você não é o único a se contorcer com esse dilema existencial que tanto agoniza.
Saiba que nesse momento, essa mesmo que vos escreve, está aqui encasquetada com todas as coisas que deveria ter feito, mas ainda não fez hoje. E a culpa precede a frustração.
Além da minha meta de estudo da semana que não cumpri e gastei procrastinando nas redes sociais, a pilha de livros, ainda não lidos, só aumenta. Se eu for ampliar a área de abrangência das minhas tarefas postergadas, precisarei abrir o leque e incluir as demais metas não cumpridas por mim, a médio e longo prazo.
O que você pode concluir de tudo isso? Simples: Você não está sozinho (a). Seja qual for sua insatisfação nesse momento, desde um mero dissabor ou alguma outra inquietude até uma incômoda sensação de infelicidade que teima em não ir embora, saiba que, além de você, existem milhares de pessoas passando pelo mesmo campo minado nesse exato instante.
Você pode até dar aquela espiada nas redes sociais e achar que a vida de todo mundo está dando certo menos a sua própria. Porém, não se engane: aquela vida comercial editada e exibida ostensivamente de modo a demonstrar uma felicidade “plena”, simplesmente não é real.
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Até porque quem está realmente feliz nem vai se lembrar de comprovar isso para o mundo exterior, já que estará bem ocupado saboreando seu melhor momento.
Então, apenas respire e diga para si mesmo que está tudo bem com você. Mesmo se não estiver ainda. Porque você vai ficar bem. Apenas desacelere, reduza suas autocríticas, não se martirize tanto. Pelo contrário, seja gentil com a pessoa mais importante do mundo: você mesmo! Leve-se para sair, faça-se um agrado, ponha os pés para cima e se delicie com uma taça do seu vinho preferido!
Acredite, se mudar um pouquinho que seja sua perspectiva das coisas, você vai se surpreender.
Escolha olhar pelo melhor ângulo. Considere o seu copo sempre meio cheio, a um passo da plenitude. Somente esse movimento de mudança, por mais insignificante que pareça, já demonstra sua capacidade de adaptação, flexibilidade e potencial de mudança. Consegue enxergar quantas qualidades veio realmente possui?
Você é certamente melhor do que imagina. Reconheça seu esforço diário e seja grato por isso. Comemore cada pequena conquista (seu nível de endorfina no cérebro agradece).
Antes de se debulhar em lágrimas ou ainda descontar em algum outro excesso por todas as suas frustrações e descontentamentos, lembre-se de que os outros também estão lutando para vencer suas batalhas internas, então já é reconfortante saber que ninguém está realmente só.
Essa sensação de não ser bom o bastante, característica desse mundo capitalizado em que vivemos (onde você é o que você possui) não deve contaminar sua essência e povoar sua mente.
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Não permita que o negativismo o domine e que o medo o paralise. Quando sentir que outra crise existencial se aproxima, reconheça-a tranquilamente e troque-a por uma emoção melhor. Como a gratidão por quem você hoje, por exemplo.
Acredite, o pedregulho da crise existencial é superestimado e pode ser realisticamente superado!
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