“O perdão é um processo mental que visa a eliminação de qualquer ressentimento, raiva, rancor ou outro sentimento negativo sobre determinada pessoa ou por si próprio.”
O perdão em seu significado propriamente dito, é “[…] a ação humana de se livrar de uma culpa, uma ofensa, uma dívida e etc. O perdão é um processo mental que visa a eliminação de qualquer ressentimento, raiva, rancor ou outro sentimento negativo sobre determinada pessoa ou por si próprio”.
Ao contrário do ato de conceber o perdão para o continente ocidental, prefiro seguir a filosofia budista e dizer que não somos superiores a ninguém para ter o direito de julgar o que é certo e errado, de acordo com os nossos princípios.
As pessoas são únicas, singulares e subjetivas, então, de acordo com a história de vida, experiências e visão de mundo de cada um, suas opiniões serão únicas.
Cabe a cada pessoa uma autoanálise sobre seus atos e mudanças existenciais, e não cabe a mim ou a você dizer: “Isso está errado, mude!”.
Quando falo de perdão, ele é direcionado mais à pessoa que emana esse sentimento, ao invés de a quem se direciona, ou seja, quando você se frustra com alguma situação ou alguma pessoa, e considera que perdoou, na verdade, esse perdão serve para aliviar suas questões pendentes (suas próprias questões), e não ao ato e/ou pessoa em si. As pessoas não estão no mundo para viver em função de suas expectativas e frustrações.
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Mencionar que a outra pessoa está “livre” porque você a perdoou, é pensar de forma egocêntrica e prepotente. O perdão é válido para você mesmo, para se autoperdoar, assumir que as expectativas são suas e que se, o outro o machucou, é porque, de certa forma, você permitiu que isso acontecesse, então é assumir suas responsabilidades como sujeito da sua própria história.
Assumir responsabilidades de suas próprias frustrações não é uma tarefa fácil, depende de muita autoanálise e de elevação de seus pensamentos, o que envolve muitas autocríticas sobre seus comportamentos (principalmente sobre suas expectativas sobre o outro).
Assim como Mario Quintana menciona em seu poema Borboletas “[…] as pessoas não estão neste mundo para satisfazer as nossas expectativas, assim como não estamos aqui, para satisfazer as dela. Temos que nos bastar… nos bastar sempre.”
Findar quais são os nossos princípios é determinar quem é você como ser humano, o que automaticamente o faz filtrar quem você quer ao seu lado.
Perdão não significa tolerar tudo. Temos que saber nossos limites e respeitá-los, usar a nossa “peneira” para permitir quem permanece e quem deve sair de nossas vidas.
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Saber distinguir o que vai contra seus princípios e caráter como ser humano, é fundamental! Somente assim você saberá filtrar quem e o que você quer ao seu lado.
Perdoar é muito mais que deixar de pontuar “erros” alheios, é você aceitar seu papel como ser humano, é assumir sua humanidade, principalmente vulnerabilidades, e saber que, assim como o outro o machucou, você também está sujeito a magoar e machucar outras pessoas, isso de forma consciente ou não, e você precisa saber QUE ESTÁ TUDO BEM!
Nossas vidas não são lineares, são cheias de altos e baixos, e a forma como você encara os picos é o que determina como foi o percurso e os significados de sua existência. Leve a vida de forma branda, pontue com destreza seus princípios e siga dentro de seus limites, mas sempre se permitindo o novo, é isso que diferencia nossas vidas de uma “vida banal”!
Sinta amor, compaixão e empatia por todos os seres vivos da terra, mas saiba o seu próprio valor como ser humano, também, e não tolere o que você sente que vai contra seus ideais (isso sim é se amar e se autorrespeitar).
Experimente, tente, mais erre que acerte, isso o fará viver a vida de forma intensa e singular, vida que é única, passageira e imensamente maravilhosa!
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