O filme ganha público mesmo 27 anos depois do seu lançamento.
“Um sonho de liberdade” (1994), que está disponível na Netflix, destaca-se e faz cada vez mais sucesso. Dentre os clássicos dos anos 1990, ele continua sendo um dos filmes mais elogiados da Netflix.
Assim como a produção, o longa-metragem, uma adaptação dos livros de Stephen King, é o mais bem-avaliado da plataforma por usuários da base de dados online de informação sobre cinema TV, música e games (IMDb), superando grandes clássicos, como: “12 homens e uma sentença”, “O poderoso chefão”, “Um estranho no ninho” e “Pulp Fiction”.
Vale ressaltar que, como essa avaliação é de usuários do IMDb, não se trata de uma crítica especializada, mas isso não quer dizer que a trama não seja aclamada pela crítica. No Rotten Tomatoes, o filme conta com 91% de aprovação, com 81 críticas contabilizadas e 98% de pontuação pública (mais de 250 mil classificações). Conseguimos mensurar a relevância de um filme quando o enredo se mantém intacto e atual, bem como encantando o público, mesmo cruzando gerações.
A trama dirigida por Frank Darabont conta a história de Andy Dufresne, que em 1946 foi condenado por um crime que não cometeu: o assassinato de sua esposa e do amante dela. Então é mandado para a Penitenciária Estadual de Shawshank, onde terá de cumprir prisão perpétua. Ele e Ellis Boyd Redding, um prisioneiro que há 20 anos cumpre pena e controla o mercado negro da instituição, tornam-se muito amigos. Frank também é conhecido por dirigir o primeiro episódio de “The walking dead” e “À espera de um milagre”.
Estreando em 23 de setembro de 1994, a produção ficou longe de ser um sucesso, pois gerou apenas US$ 28 milhões, contra um gasto de US$ 25 milhões. Porém, apesar de o público não ir ao cinema, os críticos foram e elogiaram bastante. A maioria dos textos a respeito da produção eram cheios de comentários elogiosos ao belo trabalho do elenco.
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A obra de Frank não foi ignorada pela Academia pois, embora não lhe tenha concedido prêmios, indicou o longa a sete Oscars, incluindo o de Melhor Filme. Foi então que a atenção do público começou a “falar mais alto”, e logo depois da premiação, o lançamento da versão em VHS (padrão comercial para consumidores de gravação analógica em fitas de videoteipe), ele alcançou o sucesso de que precisava, assim, em 1995, já era a fita mais alugada nos Estados Unidos.
Pouco tempo depois, a TNT adquiriu os direitos de exibição e o longa começou a ser exibido na TV inúmeras vezes, fazendo com que o público começasse a gostar. Mesmo com a demora, “Um sonho de liberdade” conquistou fama com o passar do tempo, e seu número de fãs continua aumentando.
Segundo crítica do médico e cinéfilo Marcelo Sobrinho, “Um sonho de liberdade nos” oferece algumas ferramentas para enfrentar a existência. “Sentimentos nobres, como a amizade, e faculdades tão valorosas quanto a inteligência e a criatividade humanas, com as quais Andy demove seus companheiros de suas zonas de conforto e promove melhorias em sua vida no cárcere, parecem funcionar como poderosos estratagemas para conservar a expectativa de redenção. E não seria exagero pensar que também a arte, por meio de obras ficcionais e tão legítimas como essa, seja igualmente valiosa na tarefa de dar algum enlevo à vida.”