Queremos que nossa vida sempre caminhe para melhor, então planejamos, anotamos, pesquisamos e optamos por decisões e nós apoiamos em resoluções que parecem perfeitas para nós.
Para NÓS? Ou para um FINAL FELIZ DE NÓS MESMOS?
Na Sociedade da Meta somos incentivados a pensar sempre de forma industrial: tenho uma matéria prima a ser aprimorada, ela passará por alguns processos de “beneficiamento” e logo terei um produto final, melhor, mais puro, mais digno de consumo – até que o produto fique velho e acabe em um estado de ter que ser reformado ou substituído. “Novo é sempre melhor”.
Assim, pensamos sobre tudo em escala industrial: relacionamentos (meu namoro não está como no começo…se “desgastou”); nosso corpo (vou tomar ROACUTAN para acabar com as espinhas da minha pele, não importa que resseque meus órgãos internos); nossas emoções (estou me sentindo deprimida, vou tomar um remédio que vai me dar altas doses de serotonina de uma vez, não importa se ficarei dopada perante a vida); tudo o que eu preciso é um RESULTADO FINAL.
Na Sociedade da Meta o indivíduo acostumou-se a DAR UM RESULTADO, CRIAR UM PRODUTO, apresentar um final feliz de si mesmo em todas as situações e isto impede totalmente a ÚNICA FORMA DE REALMENTE SE TRANSFORMAR E TRANSMUTAR UMA SITUAÇÃO: A PAIXÃO COM O PROCESSO.
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Na indústria ninguém é apaixonado com o processo. Se os produtores, operários, empresários, pudessem pular da matéria-prima para o produto final, que maravilha! Poupariam mais tempo e recursos, e é o que tem sido feito ao adicionar químicos altamente tóxicos aos alimentos, cosméticos e outros, tudo em prol da economia. O resultado? Canceres, doenças, stress, poluição…
Ao adotarmos o mesmo desespero pelo PRODUTO FINAL DE NÓS MESMOS aprendemos a DETESTAR o PROCESSO. Aprendemos a querer pular logo para um EU FELIZ (onde terei perdido 15 quilos, terei encontrado o amor da minha vida, terei sido reconhecida como profissional de respeito.) Porém o que de fato acontece é que na ânsia do resultado, abominando o PROCESSO, vamos tentar de tudo para FUGIR DO MESMO.
Se você percebe em sua vida situações sobre as quais não consegue mudar, e se você visualiza um final diferente, ótimo, é muito positivo visualizar um final excelente, MAS APRENDA A AMAR, APAIXONAR-SE PELO PROCESSO DA MUDANÇA. Seja gentil com você mesmo e apaixone-se enlouquecidamente pelo processo. Se quiser emagrecer aprenda a fazer shakes de frutas que vão te fazer pirar de prazer quando tomar, se estiver em busca de um parceiro (a) de vida, aprenda a amar sua solteirisse, etc.
APAIXONAR-SE PELO PROCESSO é a única forma de transcender o pensamento industrial – que nos transforma cada dia mais em produtos (degradáveis) – e nos tornar possíveis para nós mesmos.
O vídeo abaixo contém dicas preciosas para quem deseja sair do ciclo da sabotagem e entrar na vida com mais autoestima e possibilidades de realização interior!
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