“No desejo de serem apreciadas e aceitas por aqueles ao seu redor, as pessoas se perdem em deslumbramento, criando uma sociedade de pessoas “viciadas” em exibicionismo!”
Todos os seres humanos possuem a necessidade natural de serem vistos e apreciados. Isso se manifesta em nossas vidas de diversas maneiras, através da busca por elogios, do compartilhamento de nossas conquistas e do compartilhamento daquilo que nos faz felizes com as pessoas que amamos.
No entanto, a realidade que vivemos atualmente mostra que a exposição é a prioridade da vida de muitas pessoas que, no desejo de serem apreciadas e aceitas por aqueles ao seu redor, se perdem em deslumbramento e agem de forma imatura, criando uma sociedade de pessoas “viciadas” em exibicionismo.
Para a psicanálise, criada por Freud, o exibicionismo é baseado em uma busca constante por satisfação que não tem outra função a não ser a de alimentar o ego.
A origem da busca pelo exibicionismo está frequentemente associada a sentimentos de abandono e necessidade de provar valores perante a sociedade.
A mídia também é uma grande incentivadora dessa realidade, pois vende a ilusão de um mundo simples e mágico, onde podemos ser e ter tudo o que quisermos a qualquer momento, e não nos fala que o preço que devemos pagar por isso, muitas vezes, vai além do dinheiro, e nos leva a sacrificar nossa saúde mental e espiritual.
Quando não encontramos a satisfação necessária para vivermos vidas saudáveis dentro de nós mesmos, acabamos buscando-a no mundo exterior. Isso mostra a necessidade de estabelecermos uma autoestima saudável, baseada no amor-próprio e no autocuidado.
Quando estamos felizes com quem realmente somos, não precisamos nos expor para termos validação.
Nós somos seres sociais e prosperamos na companhia de outras pessoas. No entanto, só vivemos vidas realmente completas e felizes quando somos fieis a quem nós somos e a nosso propósito neste mundo. Nós não somos iguais a ninguém, tampouco devemos desempenhar as mesmas funções do que aqueles ao nosso redor.
Não se limite tentando agradar às pessoas através de versões falsas de si mesmo. Somente a autenticidade permite a criação de uma vida com propósito.