Na vida, assim como na arte, não existe defeito, mas efeito.
O que o título sugere é uma interpretação mais profunda de nossa jornada na terra, viemos através de nossos pais e conhecemos o mundo, formamos uma personalidade, nos adaptamos à cultura da localidade planetária que vivemos.
Não estamos neste planeta de primeira vez, já passamos por quase todos os países e somos, em essência, multiculturais, somos atores, experientes em sua maioria, experientes em decorar os roteiros da vida, as mesmas falas os diálogos e até improvisos, (os cacos) mas já conhecemos a essência da mecânica operacional de cada peça que participamos.
Diferenciando-se as histórias contadas, porém, pela experiência, enfim, já prevemos o final.
Muitos de nós ainda creem que somos meros atores e que subimos ao palco com o roteiro decorado, que não participamos da elaboração do roteiro, da direção, da produção, enfim, de toda a organização da peça que devemos encenar.
Como atores veteranos devemos saber sim que somos autores, roteiristas, diretores e produtores do espetáculo que participamos e que podemos sim afirmar com a sabedoria alcançada através da experiência vivida nos palcos da vida, sem medo de errar que na vida assim como na arte não existe defeito, mas efeito.
Nossos desafios, acertos e desacertos, tropeços são efeitos e não defeitos. Todos sabemos que, mesmo o ator mais experiente e veterano, naquele momento crucial ante o público, já esqueceu o texto.
O que fazer nessa hora ?
Ah! Criatividade, nosso dom maravilhoso! Sim, cada um dentro de sua experiência sabe improvisar à sua maneira, pois conhece sua profissão, sua arte e seu público.
È preciso que sejamos criativos sempre que subirmos ao palco, porém fieis aos nossos ideais e compromissos, respeitosos com o público, pois sem ele não haveria espetáculo.
Nos bastidores, longe dos olhares do grande público, há uma multidão de coadjuvantes, colaboradores, parceiros, irmãos de jornada a nos auxiliar até que as cortinas se fechem.
Sonoplastia, iluminação, efeitos especiais, contra-regra, enfim.
Com toda a colaboração invisível aos olhos do público, temos, sim, que ter a honestidade de fazer o melhor, de dar o melhor de nós, por todos aqueles que se envolvem direta e indiretamente,para que o show da vida possa acontecer.
O efeito vem sempre nas horas mais difíceis, vejamos o exemplo de Van Gogh, que pintou seus melhores quadros em momentos de pico de sua “loucura” genial.
È preciso entender que somos todos esses elementos em um só e todos eles são um em nós.
Ser grato a quem nos ajudou para realização de nosso espetáculo e fiel aos nossos irmãos mais velhos de jornada, que com toda a paciência nos assistiram e no final nos aplaudem com todos os defeitos e qualidades.
Apesar de sairmos do roteiro, de esquecer o texto e dos muitos improvisos, sejamos gratos a todos que nos ajudaram a realizar este show da vida.
Afinal, viver é uma arte! Somos todos artistas talentosos, sempre prontos para representar nosso papel no show da vida!
Sejam felizes e gratos até que as cortinas se fechem e as luzes se apaguem, para que novos shows possam começar…
Gratidão a cada leitor pela oportunidade que me proporcionam na leitura deste artigo.
Sejam felizes!
Direitos autorais da imagem de capa: Kalen Emsley on Unsplash