27/07/2012 – Como os outros o veem
Você pode até fazer uma pesquisa de opinião pública sobre você mesmo para saber como “soa” o seu exercício e o que você passa para as pessoas. Elas dirão o que acham ou sentem de você, mas isso não será suficiente.
Você poderá também conversar com o espelho para tentar saber isto. Também não será suficiente porque, sem saber, você fará caras e bocas para parecer o que você quer parecer.
Ainda isto não revelará o que você passa para as pessoas. Você ainda permanecerá ignorando como “soa” você.
Ligue uma câmera e filme você falando PARA A CÂMERA, simulando uma conversa com alguém específico. Grave um novo “take” fazendo a mesma coisa, só que agora simulando que está falando com outra pessoa. Faça isso umas dez vezes com pessoas imaginárias diferentes. Não assista por enquanto.
Por último, grave um “take” imaginando que está falando com milhões de pessoas sobre quem você é, o que faz, o que pensa. Agora assista. Pronto, é assim que você “soa” para as pessoas.
Não gostou? Bem-vindo ao clube! Ninguém gosta. A gente aprende a gostar, do mesmo jeito que aprende a gostar das pessoas que vê pela primeira vez. Você precisa fazer esse exercício várias vezes até conseguir “familiaridade” consigo mesmo. O mais fascinante nisso é que você mesmo perceberá o que está e o que não está fiel a você mesmo na sua forma de se expressar e vai fazendo correções e ajustes.
Pode ser o início de uma linda e imprescindível história de amor, não narcísico, com você mesmo.
Se, antes das gravações, você praticar meditação, aí fica perfeito. A autoestima agradece! Você começa a se amar somente depois que se descobre.
Direitos autorais da imagem de capa: wallhere / 117997