Tenho certeza de que você vive relações em que as pessoas responsabilizam você por suprir uma necessidade delas. Infelizmente, esse comportamento é comum, mas não saudável.
A gente não aprende desde criança que a gente precisa se nutrir do nosso próprio amor, a gente não aprende que tudo que precisamos já está dentro da gente. E assim vamos aprendendo com os exemplos que a gente convive, onde as pessoas escolhem primeiro o outro ao invés delas mesmas. Outro exemplo é da busca por alguém que nos ama muito, até mesmo porque nós mesmos não conseguimos, até então, fazê-lo. Existem milhões de exemplos que não cabem aqui enumerá-los. Mas sim, aprendermos com eles.
O mais importante de tudo é aumentar a nossa autoestima para não cairmos nos comportamentos acima. Como fazemos isso?
– Falando a nossa verdade;
– Sendo gentil com a gente mesmo (ser gentil significa não se culpar, não se punir e não se exigir além dos limites);
– Descobrindo o que nos faz bem (nossos hobbies);
– Não se criticando;
– Assumindo escolhas;
– Entendendo o nosso limite diante das coisas e respeitando os mesmos.
Na medida em que você for se suprindo desses cuidados, você vai se fortalecendo e assumindo uma postura mais confiante diante das suas relações.
Ótimo passo! Pois bem, e se eu me relaciono com pessoas que não tem esse comportamento? Como faço para lidar com eles? Como faço para não me envolver nos “dramas” deles?
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Quando eu tive consciência de que quando aprendemos a separar as coisas, tudo fica mais claro e fácil de lidar.
Separar o que é meu e o que é do outro. O que é meu, eu me proponho a resolver comigo e o que é do outro, eu pratico a empatia me colocando no lugar dele e reconhecendo a necessidade desse alguém. E então cabe a mim (considerando os meus limites) escolher se vou tentar suprir as necessidades das pessoas que eu me relaciono. Peraí, ficou confuso? Xô explicar!
Sabe quando alguém chega para você e fala de forma grosseira: “Mas você só trabalha, hein?!”. Se você escolher ser empático, você vai entender o que essa pessoa está sentindo por trás dessa frase, ela pode estar falando: “o meu desejo é que você esteja mais presente na minha vida”.
Muitas vezes, nós julgamos esses comportamentos, como: “Nossa, que carência”, “Que preguiça”. Mas se você quer criar uma conexão com essa pessoa, você vai considerar essa necessidade que ela tem de te ter por perto.
Neste momento você aprendeu a separar. Você entendeu o que é dela, mesmo que ela seja carente. E mesmo que ela queira te responsabilizar pela necessidade dela. E então, neste momento você vai avaliar, dentro dos seus limites o que você pode fazer ou quer fazer.
Simples assim! Quando a gente aprende a fazer essa distinção, você tira todo o peso da responsabilidade de suprir uma necessidade do outro. E aprende a lidar com a relação através de uma outra perspectiva.
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