A primeira coisa a ser dita é que nenhum sinal ou sintoma indica com toda certeza que se trata dessa doença. A esquizofrenia já foi bastante estigmatizada na história, e tratamentos com privação do convívio social e medicamentos que sedavam o paciente intensamente, foram práticas que contribuíram para o desconhecimento dessa patologia de saúde mental, a qual quanto mais precocemente reconhecida e tratada pode permitir ao indivíduo uma vida com conquistas pessoais e profissionais semelhantes às de pessoas sem essa doença.
Contudo o desconhecimento e não tratamento podem selar um futuro com muitas perdas para o portador dessa enfermidade.
Personalidade Pré-mórbida
Pessoas que possuem história de personalidades excêntricas, esquisitas, vistos como quietos, passivos e introvertidos; na infância, tinham poucos amigos. Durante a adolescência, não cultivam amizades próximas, não se interessam por namoros e nem por atividades esportivas de equipe. Preferem atividades isoladas a socialização. Esse quadro geralmente é manifestado antes do aparecimento da doença esquizofrênica.
Comportamento
A aparência pode variar de muito desleixo, chegando a apresentar odor desagradável a muito arrumado. O comportamento pode ser de agitação e violência, sem motivo aparente.
Podem aparecer movimentos bizarros e até uma completa desorganização comportamental, sem explicação.
Alucinações
Algum dos 5 sentidos apresentam percepções que não condizem com a realidade, principalmente as auditivas, com vozes que a pessoa diz comentar o seu comportamento, dialogarem entre si. São as alucinações que encontraremos com facilidade em pessoas esquizofrênicas.
Delírios
Delírios são perturbações dos pensamentos, que fazem as falas desses indivíduos terem conteúdos de perseguição, grandiosidade, fanatismo religioso, de influências externas em seus corpos, pensamentos e comportamentos, ou que os mesmos podem controlar a natureza, o tempo e as pessoas.
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Sintomas negativos
Os sintomas chamados de negativos são aqueles que causam afastamento do paciente das vivências em sociedade, são internalizantes, como a lentificação, a diminuição de expressão emocional e da vontade, por exemplo. Além disso, são atribuídos também sintomas de perda de funções adquiridas como atenção, execução de atividades.
Essas pessoas podem não entender que o que lhes acontece são alterações de suas faculdades mentais, não aceitando ser submetidas ao tratamento, mas quanto mais tempo sendo submetidas às alterações neuroquímicas em seus cérebros, mais danos vão ocorrendo e se afastando mais da possibilidade de uma vida funcional.
O que precisa ser entendido por quem convive com os portadores de esquizofrenia é que se trata de um problema de saúde. O tratamento pode envolver internação, quando em descompensação, como ocorre com um diabetes, um problema cardíaco ou renal.
O indivíduo não deverá ser privado do convívio social, pelo fato de ter apresentado uma crise e ter sido internado em uma unidade de saúde mental. Em geral após um período de internação, a estabilidade é atingida e recebe-se alta, para acompanhamento ambulatorial.
Quando um esquizofrênico não adere ou interrompe o tratamento, é possível que seu quadro deteriore de forma semelhante a uma demência. Portanto, quanto mais precoce o início do tratamento e melhor a prevenção das crises, mais qualidade de vida.
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