Entrar em um novo relacionamento, principalmente depois de um – ou alguns – insucessos, não é tarefa fácil. Algumas coisas são involuntárias, como querer por em prática o que foi aprendido à duras penas. Mas saiba que refletir sobre algumas atitudes iniciais mais comuns do que você pensa, pode te ajudar a não enfiar os pés pelas mãos:
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1. DIMINUIR EXIGÊNCIAS É DIFERENTE DE ENGOLIR O QUE VOCÊ NÃO GOSTA
Onze em cada dez pessoas já tiveram que ouvir que são muito exigentes e em 99% dos casos isso é verdade. Quanto mais tempo ficamos sozinhos, mais idealizamos encontrar alguém que seja um espelho de nós mesmos e nos distanciamos do conceito de “ser humano”, que nada mais é do que a definição de que todos nós somos passíveis de erros e defeitos.
Porém, começar a aceitar coisas que você não tolera também pode ser sinal de carência. Existe uma linha muito tênue entre as duas coisas que você precisa enxergar ao começar a se relacionar com alguém.
Entender que algumas pessoas podem escrever “mecher” ao invés de “mexer” é diferente de aceitar que outras te ignorem, caso isso seja inadmissível para você e a primeira falha não. Portanto, tente diferenciar o que pode ser relevado do que é realmente relevante.
2. AGIR CONFORME O COMPORTAMENTO DO OUTRO NÃO É O MESMO QUE FAZER JOGUINHO
Outra linha tênue a ser enxergada. Você passar a não dar tanta importância para as mensagens que o outro te manda, porque ele já deixou de te responder algumas, não é o mesmo que só retornar o “bom dia” de hoje depois da mesma quantidade de horas que ele demorou para devolver o seu ontem.
Da mesma forma que deixar de fazer alguns convites ou puxar assunto, quando a única segurança que o outro pode te dar no momento é a reciprocidade quanto a essas atitudes, está muito mais relacionado a se basear no comportamento alheio do que jogar.
Perceba que jogar é agir contra o que você gostaria de fazer, muitas vezes por receio ou padrões sociais e isso definitivamente não é o mesmo que “ficar na sua” porque você não está recebendo a atenção que julga merecer.
3. PADRÕES EMOCIONAIS EXISTEM PARA SEREM QUEBRADOS
Às vezes, nos pegamos em relacionamentos déjà vu, mais conhecidos como déjà fu, que dispensa explicações. Na maioria das vezes isso acontece porque temos a tendência de repetir padrões emocionais herdados de outras vivências e de nossa própria criação.
Quando você se enxergar nesta situação, reflita sobre o que pode ser diferente desta vez. Muitas vezes uma mudança de atitude sua será capaz de evitar um sofrimento então desnecessário.
4. FICAR SOZINHA NÃO É UM BICHO DE SETE CABEÇAS
Muito pelo contrário. É a solidão que nos leva ao autoconhecimento, que é a base do amor próprio. Entrar em uma relação pelos motivos errados (como carência ou medo da solidão) é muito pior do que ser a única pessoa solteira da turma ou não ter companhia para assistir Netflix em uma sexta chuvosa.
5. VOCÊ NÃO DEVE DAR MAIS DO QUE RECEBE
Dar à outra pessoa mais do que ela te dá é o mesmo que trabalhar 12h por dia e receber por apenas 6h. Reciprocidade, principalmente no começo, é essencial. Portanto, antes de oferecer algo a alguém, pense se esta pessoa lhe pediu tanto ou pelo menos merece o que você está oferecendo.
6. SABER A HORA DE PARAR É ESSENCIAL
Insistir para que relacionamentos que mal começaram deem certo é um erro comum, que pode ser evitado. Parar para analisar se você está vivendo uma relação que já tem mais fim do que meio é essencial para não se afundar em histórias que costumamos prolongar por apego ou esperança. Portanto, entenda que desistir de alguém, muitas vezes, é insistir na sua própria felicidade.
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Escrito por: Denise Carvalho