Imagine se não tivéssemos culpa? Que caos que seria!
Culpa. Refere-se à responsabilidade dada à pessoa por um ato que provocou prejuízo material, moral ou espiritual a si mesma ou a outrem. O processo de identificação e atribuição de culpa refere-se à descoberta de quem determinou o primeiro ato ilícito ou prejudicial.
Crescemos sob a sombra da culpa. Seja vinda da religião: “se, não for bonzinho vai para o inferno, tem que colocar a necessidade dos outros antes da sua” etc. Conheci uma pessoa que pedia para o filho de 8 anos, todas as noites refletir sobre seus pecados. Ou culpa cultivada no ambiente familiar: “tem que ser bonzinho, responsável, dar a sua vez, cuidar dos seus irmãos, pois você é mais velho, compartilhar seus brinquedos ou doces, tem que ter as melhores notas”. Muitas Crianças sentem-se culpadas por brigas em casa e separação dos pais.
O sentimento de culpa é o sofrimento obtido após reavaliação de um comportamento passado, considerado reprovável por si mesmo.
A base deste sentimento, do ponto de vista psicanalítico, é a frustração causada pela distância entre o que não fomos e a imagem criada pelo superego daquilo que achamos que deveríamos ter sido. Há também outra definição para “sentimento de culpa”, quando se viola a consciência moral pessoal (ou seja, quando pecamos e erramos), surge o sentimento de culpa. A culpa nos envenena e não serve para nada, um veneno mortal, se tomarmos dose diária dela. Importantes termos consciência dos nossos atos, para que não sentimos culpados e caso isso aconteça, coragem e atitude para resolver as questões pessoais (seja uma dívida ou uma palavra errada dita para alguém) ou moral conosco (religião) é o melhor remédio para não cultivar a culpa. Porque ela cresce à medida que alimentamos, então começamos a autossabotagem.
Fomos criados em uma geração repressora, não generalizando, mas a grande maioria das pessoas usava a culpa para punir ou reprimir alguém, criando um conceito absoluto de que tudo o que fizéssemos fora do que nos foi imposto, seríamos duramente castigados. Usava-se desse artifício para manipular. É importante salientar que não se trata necessariamente de pais ou cuidadores com má intenção, mas sim a forma como os conceitos são passados de geração em geração. Muitas vezes, com o intuito de educar ou proteger os filhos de perigos e exposições, afinal foi a forma com que estas famílias aprenderam a educar.
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A culpa também tem uma função importante no ser humano e na sociedade, imagine se não tivéssemos culpa? Que caos que seria!
Como a culpa atua na autossabotagem? A culpa é sinal de não merecimento. Então, se você, inconscientemente acredita que não merece algo bom como: sucesso profissional, um relacionamento feliz, um carro ou qualquer coisa que deseja, a pessoa sempre vai dar um jeito de colocar tudo a perder certo?
O melhor remédio para não conviver com nenhuma culpa é ser senhor absoluto dos seus atos, com inteligência e consciência de que tudo o que fizer um dia retorna para você.
Sendo assim, cria-se um cidadão mais consciente e com domínio de si próprio, sendo capaz de não alimentar sentimentos ruins e dolorosos. Pronto para viver uma vida livre de amarras.
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