Ao longo da nossa vida, existiram e ainda existirão momentos em que seremos vítimas de situações.
Seremos enganados, traídos, perderemos oportunidades, mas a vida é uma roda de altos e baixos, sempre em movimento.
O problema é quando a vitimização se torna constante.
Reclamações constantes fazem mal a quem as ouve
Os períodos de sofrimento devem ser absorvidos e superados, o hábito de reclamar e ser sempre o vitimizado da situação desgasta, esgota e frustra aqueles que escutam, os que dão conselhos, os que querem ajudar e nunca o que está no papel da vítima, porque ele gosta de ser assim, é uma espécie de patologia que precisa ser tratada.
Por isso é necessário afastar-se das reclamações e de pessoas que sempre se colocam como vítimas das situações, senão o doente será você, porque esse tipo de comportamento nos esgota, suga as nossas energias e desequilibra nosso bem-estar.
Claro que, quando um amigo procurar você para contar algo desagradável, pedir seu conselho ou alento, tenho certeza de que poderá contar com você, mas observe se esse amigo é sempre a vítima, e tome cuidado.
Somos vítimas quando nos sentimos prejudicados por alguém ou algum acontecimento, quando somos lesados, então procuramos um culpado, afinal precisamos responsabilizar alguém para dividir a frustração, mas nem sempre a responsabilidade cabe aos outros.
Os vitimizados se lamentam constantemente, nunca estão bem, sempre existe um “porém”, um “pois é”, um “então”.
Nunca estão de bem com a vida, não são otimistas e não sabem superar as dificuldades, supervalorizam situações que poderiam ser evitadas facilmente, destacam seus infortúnios para o maior número de pessoas que puderem e lamentam até encontrar no outro a cumplicidade para sua tese, buscando validação, aceitação de que realmente são vítimas. Enfim precisam da piedade das pessoas, têm necessidade de se colocar no lugar de injustiçados eternamente.
Vitimizados não assumem as próprias responsabilidades
Além de esgotar as energias de quem ouve, agir como vítima exime essa pessoa da responsabilidade de ser dona do próprio destino, colocando nas mãos do outro o controle da sua vida.
Se formos lesados em alguma situação, a primeira hipótese a ser considerada é a escolha que fizemos: será que fomos alertados para não tomar essa decisão? Será que pesquisamos e investigamos a fundo para saber que estávamos indo por um caminho duvidoso?
A segunda hipótese é a reparação do engano, de encontrar maneiras e meios de reverter a situação e aprender a lição.
Os resultados da sua vida são de sua responsabilidade, são efeitos das suas escolhas, por isso semeamos e colhemos, o pessimismo é um dos primeiros passos para o fracasso, racionalizar as situações é importante.
Nem tudo é pessoal, se o seu chefe lhe pede mais atenção ou prioridade, não a é você que ele está repreendendo, mas priorizando tarefas; não é o mundo contra você, é a vida seguindo seu curso e pedindo a sua maturidade diante das situações.
Por fim, afastar-se daqueles que sempre reclamam e se colocam como vítimas de situações é necessário, porque eles manipulam seu tempo e suas emoções, desgastam, desequilibram, esgotam e frustram porque, por mais que você os aconselhe e se preocupe eles, continuarão a reclamar, pois se sentem felizes dessa forma, não darão importância para suas palavras e, na próxima oportunidade que encontrar você, eles lhe contarão um novo episódio triste ou novo golpe que sofreram.
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