Se a gente já tivesse a prática do perdão na nossa vida, se cada um de nós fizesse a sua parte nas relações, mantendo a empatia, a ética, a amorosidade, não precisaríamos estar criando dias específicos para o que deveria fazer parte do cotidiano.
Mas, já que não fazemos e vivemos num momento de maior violência, insegurança, desesperança, no dia 30 de agosto foi instituído o Dia Nacional do Perdão pela Lei 13.437/2017 e no mês de agosto todo temos o movimento Agosto Violeta, cujo intuito é de promover a reflexão ao perdão, seu benefício à saúde, ao bem-estar, e consequentemente, promover a Paz.
Você perdoa? Será que realmente perdoa? Como saber?
Se você dá muita importância ainda ao fato ou à pessoa que diz que perdoou; se você, quando lembra do fato ou da pessoa tem alguma alteração física, algum desconforto; se você tem necessidade de criticar, relembrar… então, não perdoou!
Talvez algumas crenças limitantes estejam atrapalhando você!
Vamos ver?
- Você acredita que, se perdoar, estará abrindo as portas para que alguém, ou algo, o machuque de novo?
- Você acredita que não possui mágoa, que não é vingativo, que não precisa perdoar?
- Você acredita que é preciso ser uma espécie de monge, ou pessoa muito evoluída para conseguir perdoar de verdade?
- Você não se acha capaz de perdoar?
- Você tem a crença que só o tempo se encarregará de curar suas mágoas?
Todas essas crenças podem levá-lo a adoecer, a desperdiçar boas relações afetivas, a perder amigos, a não aproveitar oportunidades na vida…
Estudos demonstram que, cada vez que nos recordamos dos acontecimentos que tomamos como imperdoáveis, nosso organismo reage quimicamente a essa lembrança como na primeira vez, aumentando a pressão arterial, os níveis de cortisol, que é o hormônio do estresse. Além de demonstrarem também que, a longo prazo, os ciclos de raiva, mágoa, ressentimento, podem estar associados ao surgimento de doenças cardiovasculares, diabetes e câncer.
O que o perdão faz é nos dar a capacidade de deixar o passado para trás. Quando perdoamos, recuperamos nosso bem-estar, nossa autoestima, nosso amor-próprio e nossa leveza de vida. Vivemos uma vida mais plena, feliz e saudável, mesmo com e apesar de tudo que nos aconteceu.
De acordo com pesquisadores da Universidade do Tennessee nos Estados Unidos, as pessoas tendem a se sentir menos hostis, irritadas e chateadas quando param de se vingar e perdoam.
Veja quantos benefícios o perdão traz para nossa vida!
- Melhora o humor;
- Aumenta a imunidade;
- Cria e amplia o foco e a atenção;
- Melhora as relações de forma geral;
- Aumenta a autoestima e a autoconfiança;
- Abre nossa mente favorecendo a criatividade e tomada de decisão;
- Amplia a capacidade de aprendizagem;
- Reduz as doenças que vem do stress, como ansiedade, depressão, gastrite, fibromialgia, entre outras;
- Aumenta o rendimento escolar;
- Constrói e amplia a resiliência, a capacidade de lidar com a frustração;
- Desenvolve o senso de propósito de vida;
- Melhora muito a qualidade do sono;
- Aumenta significativamente nosso nível de satisfação com a vida;
- Baixa a pressão arterial;
- Reduz a compulsão alimentar.
O perdão põe fim ao desgaste causado pelo ódio crônico, que estimula a produção de hormônios de estresse, como o cortisol, que perturba o sono, aumenta o risco cardiovascular, de depressão, de ansiedade e traz muitas doenças psicossomáticas como gastrite, fibromialgia, enxaqueca.
Estudos da Universidade de Harvard mostram, que apenas 10% da nossa felicidade depende do mundo externo e 90% depende apenas da forma como você enxerga os acontecimentos.
Vamos enxergar diferente? Vamos mudar e começar a perdoar?
Com certeza perdoar é um ato de inteligência emocional, faz bem para nosso organismo, faz bem para nós.
Grande abraço!
Isabel
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