Saiba o que está por trás da má impressão que Einstein teve do nosso país!
Albert Einstein é um nome que pessoas de qualquer geração e parte do mundo podem reconhecer muito facilmente. O físico alemão, que mudou o curso da ciência com suas descobertas, sempre será recordado e estudado por quem deseja compreender melhor o universo.
Muitos não sabem, mas Einstein já esteve no Brasil e, diferentemente de muitos estrangeiros, que se encantam com as belezas do nosso país tropical, o alemão não aprovou a realidade que encontrou, e chegou a falar sobre isso.
Uma matéria da Superinteressante, da editora Abril, contou um pouco sobre a passagem de Einstein por aqui. O físico desembarcou na cidade do Rio de Janeiro em 21 de março de 1925 para uma escala de um dia rumo ao seu destino, Buenos Aires, a capital argentina.
Ele veio à América do Sul para uma série de palestras, pois já era consagrado por sua inteligência ímpar, pela aprovação de sua descoberta possivelmente mais popular: a Teoria da Relatividade, além do Prêmio Nobel de Física, em 1921.
Nas poucas horas em solo brasileiro, o gênio visitou o centro da cidade e o Jardim Botânico, o qual lhe agradou bastante. Einstein escreveu que o local é surpreendente e que foi uma experiência fantástica, com muitas impressões em poucas horas.
- Pessoas inspiradoras: Mulher recebe R$ 300 mil como “recompensa” por devolver R$ 80 mil encontrados na rua
Um mês depois da escala no Brasil, o alemão resolveu voltar ao Rio de Janeiro, desta vez passaria uma semana na Cidade Maravilhosa, e foi aí que teceu sua opinião sobre o nosso país. Logo nos primeiros momentos, ele já foi alvo de perseguição da mídia, estampando manchetes pouco interessantes sobre sua passagem.
![Albert Einstein fez apenas uma visita ao Brasil, e não gostou!](https://osegredo.com.br/wp-content/uploads/2022/04/2-Albert-Einstein-fez-apenas-uma-visita-ao-Brasil-e-nao-gostou.jpg)
Um dos jornais publicou a seguinte manchete: “Caetano estaciona no Leblon”, e outro: “Einstein comeu ontem vatapá com pimenta”.
Após alguns dias no Rio, Einstein escreveu que o Brasil é “quente e úmido demais para se efetuar qualquer trabalho intelectual”.
No entanto, as experiências que realmente moldaram a sua opinião sobre o nosso país foram as suas palestras. Em 6 de maio de 1925, Einstein fez uma palestra no Clube de Engenharia. O auditório estava lotado e quente, mas o que mais lhe chamou a atenção foi o público.
- Pessoas inspiradoras: Mulher de 90 anos se torna a estudante mais velha a concluir curso universitário nos EUA
Ao invés de cientistas, o que naturalmente era esperado, havia muitos militares e políticos com suas famílias, que queriam estar perto de um gênio mundial. A palestra acabou se resumindo no alemão tentando explicar, em francês, conceitos de física para um monte de gente que não entendia nada do assunto.
Nos dias que se seguiram, ele fez palestras, falou com o público presente na Escola Politécnica do Rio de Janeiro e na Academia Brasileira de Ciências. Também fez visitas científicas, como à Fundação Oswaldo Cruz, ao Observatório Nacional e ao Museu Nacional, onde inclusive plantou um broto de pau-brasil.
![Albert Einstein fez apenas uma visita ao Brasil, e não gostou!](https://osegredo.com.br/wp-content/uploads/2022/04/3-Albert-Einstein-fez-apenas-uma-visita-ao-Brasil-e-nao-gostou.jpg)
Outros encontros marcaram a passagem do físico, como a conversa com Arthur Bernardes, então presidente da República, e participação em eventos da comunidade judaica brasileira.
Sua viagem não transcorreu como ele esperava, já que ficou mais perto de autoridades políticas do que de membros da comunidade científica, e isso prejudicou o seu objetivo de transmitir conhecimento a um público específico.
- Pessoas inspiradoras: Garoto de 11 anos aprovado na universidade compartilha sua jornada de aprendizado do inglês
Como resultado, o alemão escreveu: “As pessoas lá (Brasil) são vazias e pouco interessantes — mais ainda do que as da Europa”. Em carta para o melhor amigo, o engenheiro suíço Michele Besso, Einstein completou: “Foi uma grande agitação sem interesse verdadeiro […] Para achar a Europa estimulante, é preciso visitar a América”.