Se você enche a sua xícara com amor-próprio, com autoconhecimento e tudo que o faz bem, o conteúdo dessa xícara enche de uma tal forma que transborda; e se a outra pessoa faz o mesmo, ambos estão transbordando, não há desgaste, há amor, há compreensão, há troca.
Depois de nascer, a primeira coisa que fazem é nos colocar nos braços da nossa mãe para sentirmos que estamos seguros nesse novo mundo. Quando caímos, corremos chorando para nossos pais e pessoas que nos criaram, pedimos colo e conforto.
Quando você está se sentindo mal, sempre busca um amigo para desabafar. Na nossa vida toda estamos sempre buscando um colo, um afeto, alguém para nos ajudar, mesmo que involuntariamente.
Eu vejo muitos textos sobre como ser feliz sozinho, de como a solidão e a autossuficiência são fundamentais para vivermos uma vida plena e feliz, e eu não critico esse modelo, afinal, nos nossos amores líquidos dos dias atuais, fechar o coração, parece ser a melhor escolha, justamente para própria proteção.
O amor está balizado, as relações entre as pessoas estão cada vez mais rasas, frias, superficiais. Por medo, as pessoas preferem ficar no seu casulo quietinhas. Mas será que se fechar é mesmo a melhor solução?
Eu não estou defendendo o fato de você ser livre, ter poder sobre seu próprio corpo, mente e vontade, precisamos, SIM, nos preparar para receber outra pessoa ou nos relacionar com quem quer que seja, precisamos nos amar primeiro para depois amar o outro.
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Existe uma analogia bastante interessante que vi uma vez, é a seguinte: Imagine que você seja uma xícara, imagine que essa xícara tenha sempre de estar cheia, então, você vai lá e se relaciona com alguém para tentar completar o conteúdo da xícara; nisso, o outro lado tem que abrir mão do próprio conteúdo para deixar o seu maior ou igual, isso desgasta, um sempre tem que ter a missão de nunca deixar esvaziar. Neste meio tempo, gotas são desperdiçadas, até que ambos fiquem sem nada na xícara, aí vem o vazio.
Mas, se você enche essa xícara com amor-próprio, com autoconhecimento, com diversão, com tudo que o faça bem, o conteúdo dessa xícara enche de uma tal forma que começa a transbordar e se, a outra pessoa faz o mesmo, ambos estão transbordando, não há desgaste, há amor, há compreensão, há troca, então, fazer transbordar a própria xícara, é sinal de que tudo pode sair bem, de que você está pronto. Entendeu como deveria funcionar?
Não queira ninguém para completá-lo, seja completo, queira apenas um complemento para sua felicidade. Esperar que o outro o encha de amor, não é uma boa ideia. Estar completo e querer alguém para trocar amor com você, pode ser o ideal.
Sabe, muitas vezes existem coisas que não foram resolvidas em relações anteriores, por isso, acabam transferidas para o outro, e, às vezes, acabamos por jogar as nossas frustrações em quem está do nosso lado.
Nem sempre o problema está no outro, mas isso também não quer dizer que a culpa de tudo dar “errado” seja sua, você apenas não soube lidar com sentimentos que, em vez de resolvidos, infelizmente, são transferidos. Esse é um problema muito comum entre nós, a gente não resolve, a gente guarda e transfere.
Cuide de você, cuide muito, não deixe a carência bater mais alto nas tomadas de decisões, ela ilude, passa e pode deixar marcas. Ame-se, antes de amar o outro.
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