Não existe dia específico para valores e afetos, nem mês especial para que ela se torne especial.
Solteira, viúva, casada, divorciada, adotiva, ausente ou presente,mãe é mãe, e ponto. Não deixa de ser por razão alguma, ainda que não esteja mais presente fisicamente. Não existe dia específico para valores e afetos, nem mês especial para que ela se torne especial. Mãe, em qualquer circunstância, a qualquer dia ou hora deve ser lembrada, amada, respeitada e valorizada por quem ela chama de filho(a).
Conheço uma senhora de 80 anos que sempre diz: mãe é para cem filhos, mas cem filho não são para uma mãe. A realidade doída que vemos hoje é o abandono, é o desrespeito, é o filho(a) achar que já tem idade para fazer o que quiser, que já pode sair batendo portas na cara de quem um dia tinha o maior cuidado para que a porta não batesse na cara de seu filho.
Hoje é muito fácil fazer bonito em redes sociais, é muito lindo reunir todos na casa da mamãe, é muito edificante presentear, abraçar, dizer que ama em um segundo domingo de maio qualquer, o difícil é ser filho(a) o suficiente para reconhecer o tamanho valor que ela tem.
Muitas, hoje em dia, esperam de seus filhos apenas um abraço, uma presença, um afago, uma proteção, um carinho, um aconchego de filho e a obediência.
Muitas, na verdade, querem apenas ser ouvidas, compreendidas sem tantos questionamentos, querem que você que já cresceu, que já se acha dono(a) de si, tire um tempo para ela e a considere, acima de tudo, como alguém importante na sua vida, ocupando um lugar único, que só Deus é capaz de ocupar.
Amor de mãe é parecido com o de Deus: incondicional, e mesmo que todos nos abandonem um dia, ela jamais nos deixa, mesmo que esteja ausente.
Mãe é sempre mãe. Valorize a sua, não por um dia, mas pela vida toda.
Cecilia Sfalsin
Publicado originalmente em Cecilia Sfalsin.