A atitude do casal foi reprovada e o caso levado à justiça. Entenda!
A adoção de uma ou mais crianças é uma atitude que requer muita responsabilidade e comprometimento, mas infelizmente nem todas as famílias cumprem esses requisitos principais.
Em muitos casos, as crianças são incorporadas à família, da qual recebem tudo aquilo a que têm direito, como amor, atenção e cuidado, assim elas se sentem cada vez mais seguras e saudáveis emocionalmente.
No entanto, em outras, podem passar por enormes desafios, seja para se adaptar à sua nova vida ou para se relacionar com as pessoas que as receberam, com quem nem sempre se conectam de forma positiva.
Segundo contado pelo portal “Infobae”, no fim do ano passado, um casal da Argentina, que havia adotado dois irmãos africanos menos de dois anos antes, abandonou as crianças de 6 anos em uma delegacia da cidade de Bahía Blanca.
Natacha Perrig e Eduardo Rucci conheceram as crianças pessoalmente em uma viagem a Guiné-Bissau, em agosto de 2019, mas já conversavam com elas através de chamadas de vídeo antes disso. Os meninos foram encaminhados para adoção depois da morte de sua mãe no parto.
Com nova família, as crianças começaram a frequentar a escola e ter uma vida normal. Nas redes sociais e na frente dos vizinhos, a família demonstrava ser bastante alegre. No entanto, aparentemente, essa não era a realidade vivida dentro de casa.
Segundo um policial, as crianças foram deixadas como “pacotes” na delegacia, e ficaram perguntando a que horas o “papai” voltaria. Eduardo deu a justificativa de que estava entregando as crianças por motivos pessoais, afirmando também que eram hiperativas e sem limites. Os pequenos não tinham nem mesmo documento de identidade ou permanência.
Uma denúncia de abuso infantil contra os pais foi apresentada ao Tribunal de Família, ao Instituto Nacional contra a Discriminação, Xenofobia e Racismo (Inadi) e aos serviços sociais zonais de Bahía Blanca.
A pedido da chefe do Gabinete de Aconselhamento nº 2 da Bahía Blanca, o juiz de família Martín Larceri determinou que o casal seja obrigado a ajudar financeiramente os irmãos até que sejam encaminhados a uma família substituta.
No momento, ambos estão em uma casa-abrigo “pedindo pelos pais”. O Ministério Tutelar designou defensores para as crianças, para que consigam os papéis de cidadania o mais rapidamente possível, documento que deveria ter sido providenciado por Eduardo e Natacha, para que possam estar oficialmente liberados para nova adoção.