O ator falou sobre a convivência com o astro de Hollywood durante a produção do longa. Saiba mais!
Os olhos do mundo se voltaram para Will Smith após a cena escandalosa na cerimônia do “Oscar” deste ano, quando o ator deu um tapa no humorista Chris Rock, e desde então vem sendo criticado.
No entanto, essa não foi a única atitude violenta do astro de “À procura da felicidade”. Depois do escândalo na renomada premiação do cinema, Paul Rodriguez, ator mexicano que trabalhou com Will há quase duas décadas, resolveu se pronunciar sobre a convivência no set de gravações.
Paul e Will trabalharam juntos no filme “Ali”, de 2001, dirigido por Michael Mann. O longa biográfico conta a história do icônico boxeador norte-americano Mohamed Ali, que Will Smith interpretou. Paul Rodriguez, por sua vez, deu vida ao fisioterapeuta Fernando Pacheco.
Ao The Sun, o mexicano contou que não foi uma experiência agradável, pois todos os dias de gravação ele recebia um “tapa na cara verbal” de Will, que se comportava de maneira rude. “Chris Rock só levou um tapa na cara no ‘Oscar’, mas eu recebia um tapa verbal de Will Smith todos os dias”, disse Paul.
O ator também disse que o longa deveria ser um trampolim em sua carreira, porque sempre era chamado para interpretar imigrantes ou personagens latino-americanos, mas foi um “pesadelo” por conta dos “abusos nojentos” de Will Smith, pontuando que o ator era gentil com todos, menos com ele.
As atitudes de Will durante as filmagens, de acordo com Paul, minimizaram a sua participação no filme e prejudicaram seu trabalho na produção.
Paul acredita que Will teve um motivo pessoal para tratá-lo daquela maneira e que tinha a ver com o ator Danny Garcia. Segundo ele, Will queria que o amigo Danny ficasse com o papel, e não se agradou do fato de não ser o escolhido.
Em determinado momento da gravação, Paul se cansou da maneira como era tratado e acabou por insultar Will Smith, fazendo com que o ator de “Bad boys” fosse expulso do set, o que marcou o seu relacionamento para sempre.
Decepção pós-produção
Rodriguez contou que, quando o filme foi lançado, no dia de Natal de 2001, seu coração se partiu ao perceber que todas as suas falas haviam sido cortadas e sua interpretação se resumiu a um “extra” no longa.
Ele se sentia envergonhado quando seus amigos e familiares ligavam para contar que haviam visto o filme, mas mal puderam notá-lo nas cenas, embora seu nome estivesse nos créditos.
Sobre o motivo dessa “exclusão” no filme, o ator cita que teve a ver com Will Smith e a maneira como ele colocou os membros do elenco contra sua pessoa. O mexicano lamentou que, embora tenha dado o seu melhor para brilhar, inclusive fazendo aulas de canto para que pudesse se parecer ainda mais com Pacheco, acabou sendo “humilhado”.
Segundo Rodriguez, sua carreira foi seriamente prejudicada por esse filme, e ele simplesmente teve de superar, enquanto Will Smith foi indicado ao “Oscar” pelo papel. Apesar de tudo, ele acredita que o ex-companheiro de cena deveria ter recebido o prêmio, pois teve uma atuação “incrível”.
No ano passado, o ator estrelou o remake live-action de Clifford “The big red dog”, mas disse que, após o desastre do filme “Ali”, sente que foi “rebaixado” de Hollywood e que no momento não acredita ter outra grande chance.