O discurso foi feito na OMS e representou uma ruptura da postura adotada na administração de Donald Trump. Saiba mais!
Joe Biden, representante do Partido Democrata, assumiu o governo dos Estados Unidos na última quarta-feira (20) e já anunciou algumas mudanças.
Na manhã da quinta (21), o conselheiro médico da Casa Branca, Anthony Fauci, anunciou, na Organização Mundial da Saúde (OMS), que o governo de Biden não manterá a postura da administração anterior sobre vetar termos como saúde reprodutiva e direitos sexuais em programas e resoluções internacionais.
A decisão representa uma grande mudança em nível mundial de um posicionamento anterior conservador, no qual o Brasil era um importante aliado.
Segundo artigo da UOL, Fauci também comunicou que a Casa Branca não manterá a agenda antiaborto, e que, ao contrário, começará a defender o direito das mulheres e meninas ao acesso à saúde reprodutiva na agenda global. Além disso, assumiu o compromisso de promover a igualdade de gênero no país e no mundo todo.
O portal aponta que o novo posicionamento foi visto como uma “profunda ruptura” em relação ao governo de Trump que, perto do fim do mandato, lançou uma ofensiva ao lado de outros governos conservadores, sobre entidades que mantivessem o tema em suas agendas.
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Ernesto Araújo, ministro das Relações Exteriores do Brasil e Damares Alves, ministra dos Direitos Humanos, eram aliados das medidas adotadas por Trump.
Além do Brasil, outros 30 países vetavam o debate dessas pautas na organização, sob o argumento de que existiria uma manobra nas entidades internacionais para tentar legitimar o aborto.
Os países concordam que o aborto não deve ser promovido como uma medida de planejamento familiar em nenhuma circunstância, e que mudanças sobre esse tema dentro do sistema de saúde só podem ser determinadas em nível nacional, ou local, a depender do processo legislativo nacional.
A UOL apurou que, durante uma audiência no Senado, em 24 de setembro de 2020, Ernesto Araújo confirmou que o governo pretende evitar imposições de entidades internacionais sobre como o país deve se comportar sobre o aborto.
O chanceler ainda afirmou que o governo sempre se posicionou no sentido de que, em textos de organismos internacionais, não haja um “tipo de direito universal como método anticonceptivo, anticoncepção ou método de controle de natalidade”.
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Esse é um tema bastante polêmico no país, visto que as opiniões sobre aborto e direitos das mulheres em relação aos seus próprios corpos causam opiniões bastante diversas.
Como você enxerga a decisão de Biden e o que isso implicará em nosso país?
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