Pesquisadores da Universidade Tecnológica de Nanyang (NTU), em Cingapura, desenvolveram um novo tratamento contra o câncer, que promete não usar mais fortes medicações!
Em Cingapura, uma jovem equipe de pesquisadores está trabalhando para combater o câncer de forma inusitada. Os cientistas transformam uma nanopartícula em um “Cavalo de Troia”. Isso mesmo, ela se infiltra nas células cancerosas e faz com que se destruam. O método é considerado uma inovação sem precedentes!
Segundo o estudo que eles desenvolveram, uma nanopartícula foi revestida por um aminoácido chamado L-fenilalanina, essencial para sobrevivência e crescimento das células cancerosas. São aminoácidos que imitam nanoterápicos porosos com propriedades de direcionamento anticâncer intrínsecas.
Parece um pouco confuso, e é mesmo, mas vamos tentar simplificar. Essa abordagem diferenciada ainda está em seus estágios iniciais de testes mas, basicamente, reveste uma nanopartícula de sílica com o L-fenilalanina, isso induz as células a aceitarem a entrada desse “Cavalo de Troia”, por isso o nome.
A partícula, chamada Nano-pPAAM, entra nas células e estimula a produção de espécies reativas de oxigênio, fazendo com que elas se destruam. Segundo o Today, essas células que compõem o câncer possuem um vício em aminoácidos, isso porque precisam se alimentar e crescer. Quando a partícula é revestida de L-fenilalanina, as células automaticamente pensam que aquele é um aminoácido de que elas precisam para se desenvolver ainda mais. Mas o que é entregue, na verdade, é uma substância que provoca a morte dessas células.
Atualmente, as nanopartículas já são utilizadas no tratamento contra o câncer com a quimioterapia, mas normalmente são carregadas de drogas e entregues às células de várias formas, como injeção no tumor ou pela corrente sanguínea. Nanopartícula é uma partícula ultrafina, por isso usam esse nome.
Para o professor assistente Tay, a forma como usam a nanopartícula hoje em dia tem inúmeras desvantagens. Segundo ele, as drogas usadas para revestir a nanopartícula são incompatíveis com o material dela.
Além disso, o uso de medicação faz com que as células do câncer se tornem cada vez mais resistentes, fora que muitas células saudáveis são destruídas no processo de quimioterapia, já que a medicação é extremamente tóxica.
O professor Tay explica que a sílica é um componente já autorizado pela Food and Drug Administration (FDA), similar à Anvisa no Brasil, como parte de aditivos alimentares. Ele acredita que essa forma de tratamento também não matará células saudáveis no processo de combate ao câncer, já que os resultados em testes de laboratório têm mostrado ótimos resultados.
Mas isso não quer dizer que o uso estará liberado tão cedo para a população. De acordo com Tay, ainda existe a necessidade de testes em humanos, o que significa uma espera de, pelo menos, mais dez anos. No momento, os pesquisadores estão procurando parceiros da indústria para ajudar na produção da nanopartícula e solicitando a patente do produto.
Pode ser uma grande chance de tratar pacientes com câncer já que, segundo Tay, as células cancerosas ainda não estão acostumadas com esse tipo de tratamento, sendo mais suscetíveis a ele.
É um estudo promissor, mas será que pode ser considerado a cura contra o câncer?
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