Mulher Hiperbólica – Como fênix, renascemos das cinzas, somos o símbolo da imortalidade!
Estes dias, lendo uma crônica em O Segredo, eu me reconheci. Em tudo que faço, sou muito intensa, quase desesperada; o coração acelera e quase para. Naquele minuto nada temo, tudo posso, em tudo acredito; tudo é muito rápido – voraz, a música alta os sentimentos transbordam, a vida sai pelos poros… quero abraçar forte, dizer palavras de carinho, tudo é possível, tudo acontece. A minha intuição empurra-me e quase me derruba.
Sou um meteoro, um foguete eternamente acelerado. Quando acordo, não levanto, eu salto. Quero repartir a minha alegria, o que sinto, o que aprendi, para poder tornar o outro mais feliz.
Nada é pouco, tudo é muito, não posso perder o tempo – pois ele é curto – escorregadio, escorre pelas mãos…
Para que eu possa realizar os meus sonhos, eu me entrego em todos os momentos; não ando, voo… a saudade é incomensurável, o amor é infinito, sou transparente.
Há quem diga, inconsequente, louca. Arriscada, que quer muito!
Pense bem antes de se apaixonar por uma mulher hiperbólica pois ela ama muito, não vê riscos, não tem limites, poderá consumi-lo.
As intensas, como eu, sentem com a alma, eufóricas amam tudo em demasia! As crianças, as plantas, os dias, as noites, as chuvas, as músicas, os filmes, os livros; somos muito chorosas, não escondemos as nossas emoções.
O triste de tudo isto, é quando querem nos podar… somos assim: esfuziantes, ficamos desgastadas, mas felizes.
Por favor não nos cortem as asas, eu vos imploro, deixem-nos livres para voar como crianças que não veem o perigo.
Se fizerem isso conosco – matam-nos, tirando de nós esse amor que transcende o tempo, transborda e dói na alma mas, como fênix, sofremos uma autocombustão, renascemos das cinzas, somos o símbolo da imortalidade!
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