As decisões são o ponto crítico para o alcance de resultados: escolhas erradas podem levar a problemas ou crises, enquanto escolhas certas geram recompensas e satisfações.
A todos os momentos, enquanto estamos acordados, tomamos decisões. Simples ou complexas, escolhemos levantar da cama em um determinado horário, se escovamos os dentes direto ou tomamos café da manhã antes, se tomamos banho de manhã ou à noite, se estendemos um pouco mais o tempo no banho ou tomamos ele rápido, o caminho a ser seguido para o trabalho, até mesmo para quem usa o GPS, Waze ou Google Maps, é uma escolha ligá-lo e até mesmo seguir ou não o trajeto que ele está sugerindo. Decisões a todos os instantes.
A grande questão para se tomar uma decisão assertiva é, primeiro, não manter a indecisão. Toda decisão que temos de tomar leva em si todas as suas possibilidades, incluindo as de não se envolver por escolha ou por indecisão. Toda escolha gera uma resposta, resultado ou aprendizado, seja um resultado positivo ou que consideramos negativo a primeira instância.
Porém, a indecisão alimenta a dúvida. E dúvida não é resposta.
Uma metáfora que ilustra bem essa situação é quando a menina Alice (aquela do País das Maravilhas) encontra uma bifurcação e pergunta ao gato: “Qual caminho devo seguir?”
E o gato responde com outra pergunta: “Onde você quer chegar?”
E Alice responde: “Eu não sei”
E então o gato finaliza: “Se você não sabe onde quer chegar, tanto faz o caminho que irá seguir”
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Essa história demonstra que, se não tivermos clareza, ou seja, decidido onde queremos chegar ou para onde queremos ir, qualquer caminho serve, e então a vida irá nos guiando para os rumos que as outras pessoas escolhem para nós. Ou que nós escolhemos de acordo com as opiniões das outras pessoas.
Este dilema em não saber o que escolher, leva-nos à inércia e acabamos perdendo as oportunidades que aparecem em nossa frente. O que pode gerar arrependimentos, sofrimento, tristeza, raiva, angústia ou até mesmo mais dúvidas “e se…”, “será que…”, “como teria sido…”, etc
Decidir é essencial. E podemos lembrar que o “não” também é uma resposta. Quem já não ficou angustiado por fazer uma proposta e a outra pessoa falar “vou pensar” ou “te dou a resposta” e o silêncio prevalecer. Muitas pessoas com medo de falar “não” ou até mesmo de aceitar uma proposta, prefere não responder. É preferível para a saúde de qualquer relação e não-sofrimento dos dois envolvidos um “não” bem definido do que a ausência da resposta. Mesmo que este “não” gere resistência da outra parte, pelo menos será resolvido rápido porque a decisão já foi tomada. A indecisão joga o problema para o futuro e com isso vem a ansiedade, os receios, as conversas mentais sobre as infinitas possibilidades do que a outra pessoa vai refutar sobre sua decisão (e nunca acontece igual ao que imaginamos), etc etc etc
Enfim. A decisão está no presente. Aqui e agora. Não decidir, gera sofrimento. Jogar a decisão para o futuro, gera sofrimento. Decidir agora (ou dar prioridade para decidir o mais rápido possível), traz alívio.
E se eu tomar uma decisão errada? Pelo menos você terá uma resposta. E se enxergarmos as escolhas ruins como aprendizados, assim como as crianças em sua inocência fazem e evoluem muito mais rápido que um adulto, entenderemos que a vida é feita de tentativa e erro e é aí que está a magia de viver. Experimentar! Este é o caminho da evolução consciente.
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Como diz o dito popular: “Errar é humano”, podemos enxergar que aprender com o erro é Divino. Ter medo de errar é condenar sua criatividade, pois não há inovação sem experimentar fazer as coisas de maneira diferente.
“Insanidade é continuar fazendo sempre a mesma coisa e esperar resultados diferentes.” (Albert Einstein – físico alemão)
E como podemos fazer para tomar decisões mais assertivas? Com menor chance de erro?
Nas palestras e treinamentos que realizo pela Pandora Evolução Consciente costumo transmitir um pequeno guia para a tomada de decisão:
1.Sua decisão prejudica sua segurança ou saúde física?
2. Você sentiria prazer em realizar determinada ação?
3. Você tem os recursos necessários para realizar ou está disposto a aprender?
4. Esta decisão fará bem à você e às pessoas ao seu redor (mesmo que elas não enxerguem isso ainda)?
5. Como você poderia diminuir o sofrimento das pessoas que não estão a favor dessa decisão, falando a verdade?
6. Você tem clareza de onde quer chegar com essa sua decisão? É possível criar uma intenção bem definida?
7. Esta decisão está alinhada com seus valores e não fere sua integridade?
Esta lista de perguntas costuma ajudar a tomar uma decisão com consciência e coragem (do latim coraticum que significa “agir com o coração”). Se ainda restar dúvidas se você está mesmo agindo com o coração ou com uma ganância que pode prejudicar, teste o seguinte exercício:
Separe suas escolhas em duas possibilidades. Escolha um lado de uma moeda para cada decisão. Cara é a decisão X e coroa é a decisão Y. Jogue a moeda para cima e pegue-a na mão para ver qual lado caiu. Se você ficou feliz e satisfeito com o lado que caiu para cima, ótimo, vá em frente e siga com esta decisão! Agora, se você se frustrou ou se decepcionou com o lado que caiu para cima, significa que você quer realmente escolher a opção atrelada ao outro lado da moeda.
Este é um exercício que nos ajuda a perceber a verdade inerente dentro de nós. E se quiser saber como você deve encarar os problemas que podem surgir após esta tomada de decisão, convido você a assistir o vídeo que fizemos sobre “Como Tomar uma Decisão Assertiva”: